Certamente, em algumas situações do dia a dia, você deve ter tomado uma decisão guiado em sua própria intuição. Essa capacidade, que é conduzida pelas necessidades da natureza, é conhecida como inteligência intuitiva.
Essa é uma área estudada pela psicologia há anos, uma vez que, na maior parte do tempo, procuramos deixar de lado a razão para darmos ouvidos à voz do que as emoções nos dizem.
Não que isso esteja errado, mas é preciso levar em conta que também é possível colher bons frutos advindos de uma tomada de decisões feita com base na intuição.
Afinal, as pessoas têm a capacidade para a solução de problemas lógicos, o que, em outras palavras, significa que os seres humanos podem ir muito mais além do que simplesmente resolver um problema de matemática, daí a teoria das múltiplas inteligências.
As decisões que terão grandes impactos em nossa vida, como em uma entrevista de emprego ou em um relacionamento, devem usar a inteligência para chegar a um resultado. Mas, qual seria a mais ideal para isso: a intuitiva, a sensorial, ou mesmo o instinto?
A inteligência intuitiva não se trata especificamente de uma “inteligência”, mas recebe esse nome porque remete a algo que deve ser feito de maneira consciente da informação que já possuímos, e de que forma isso será utilizado para o alcance de nossos objetivos e metas pessoais.
É pensando em tornar clara a definição de inteligência intuitiva que elaboramos este artigo. Além disso, vamos tratar de que maneira desenvolver a intuição, de modo a gerar mais confiança na voz interior. Acompanhe a leitura!
Inteligência intuitiva: entenda seu conceito
Antes de mais nada, é importante apresentar a diferença entre os conceitos dos três tipos de inteligência apresentados anteriormente.
A inteligência intuitiva é aquela que possibilita o aprendizado de habilidades complexas, bem como a resolução de problemas, tudo de modo consciente. Ao mesmo tempo, abre portas para a capacidade de reconhecer padrões em um cenário que parece desordenado.
Para saber se de fato se trata da intuição em uma situação, analise se uma resposta correta a um problema de alta complexidade veio à mente, e não se sabe ao certo como se chegou ao resultado ou conclusão.
Afinal, em sua maioria, uma pessoa com boa capacidade intuitiva tem capacidade mais abrangente de se conectar com seu subconsciente para dar a si mesma respostas mais seguras e rápidas.
Na inteligência sensorial, a habilidade refere-se ao pensar de maneira lógica e de ter novos aprendizados, à medida que o tempo passa, refletindo em aspectos como:
- Experiências;
- Escolhas;
- Gostos;
- Individualidades.
Um exemplo que ilustra assertivamente a inteligência sensorial é o processo de crescimento de uma criança. À medida que sua capacidade de pensar de modo lógico e metódico, a habilidade de aprender de forma intuitiva começa a diminuir.
Por fim, o instinto é uma predisposição natural de todo ser humano, isto é, não é fruto de nosso aprendizado, e as ações-padrão se tornam parte do nosso comportamento.
Tanto é assim que os bebês sabem instintivamente que devem mamar, chorar quando sentem fome ou dor, e assim por diante.
Em resumo, a inteligência intuitiva ganha forma no decorrer da vida, tendo por base o conhecimento de situações em que a intuição foi a responsável por determinada decisão.
É aquela que, em uma situação de escolha, por exemplo, vai ser a alternativa mais adequada para o exercício do que chamamos de “memória e aprendizado”. São os sentimentos e experiências pessoas que vão nos conduzir a uma decisão certeira.
Como desenvolvê-la?
Muitos especialistas vão dizer que as mulheres dão mais ouvido à sua própria voz interior do que os homens, mas ao contrário do que se pensa, a parcela masculina da sociedade o fazem, ainda que sem se dar conta.
No entanto, é fato que as memórias e conhecimentos armazenados são o que vão dar o direcionamento para que a inteligência intuitiva se concretize.
Afinal, o cérebro é capaz de armazenar uma quantidade de informações, como sensações e imagens, que são classificados de maneira a forjar a intuição.
Inclusive, médicos de diversas especialidades fazem o uso dessa capacidade, uma vez que a pluralidade de conhecimentos armazenados possibilita isso.
Até mesmo apostadores e investidores da Bolsa de Valores, que não têm tempo para analisar dados e precisam tomar decisões rápidas, na maioria das vezes, em questões de segundos, se valem dos instintos.
Além disso, é possível desenvolver a inteligência intuitiva quando se dá maior atenção e confiança à sua voz interior e tem uma mente mais aberta. Como quando você conhece uma pessoa e sente se ela é ou não confiável naquela mesma hora.
Não que isso seja um super-poder, considerando a possibilidade de você se enganar. Mas as inúmeras experiências ao longo da vida, que nos levam a colecionar aprendizado, possibilitam chegar a essa conclusão, ainda que de forma inconsciente.
Em acréscimo, quando se tem esse cuidado com a intuição, pode-se considerar que nossa identidade e tudo aquilo capaz de nos definir se alinham, entrando em harmonia, e a longo prazo será responsável por gerar autoconfiança.
Desafios da inteligência intuitiva
É essencial deixar claro de antemão que a inteligência intuitiva também demanda alguns cuidados. Afinal de contas, o excesso de informações no cérebro que em um primeiro momento pode auxiliar na tomada de decisões, é capaz de prejudicá-lo.
Imagine uma situação da qual você faça análise de algo pelo menos dez vezes, peça opinião de pessoas próximas, faça uma verdadeira investigação e até se isole por algum tempo para pensar, e ainda assim não chegue a resultado algum.
Uma análise profunda ou o tempo gasto não são garantia de sucesso, e de quebra podem deixar o indivíduo ainda mais confuso e indeciso, levando a um estado de cansaço mental e, consequentemente, uma decisão errada.
Em outro cenário, imagine que você está com fome e abre a geladeira ou o armário para encontrar algo para comer. Um contexto completamente diferente é ir até o supermercado, onde as opções são multiplicadas, e as chances de ficar indeciso são bem maiores.
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