O conceito de Justiça Divina e a realidade da injustiça humana frequentemente colidem e geram desafios éticos e morais que permeiam a sociedade contemporânea.
Essa dicotomia entre o ideal celestial de retidão e equidade e as falhas humanas na aplicação da justiça levanta perguntas sobre a natureza da moralidade e a busca pela harmonia social.
Neste artigo, vamos explorar os desafios éticos e morais na sociedade contemporânea envolvidos com a Justiça Divina e a injustiça humana. Leia todos os tópicos com bastante atenção e anote os trechos que você julgar mais importantes.
Significado da Justiça Divina
Ao examinarmos as Escrituras Sagradas do Cristianismo, encontramos diversas passagens que abordam o conceito de Justiça Divina.
Em Mateus 5:10, JESUS, o CRISTO, proclama a bem-aventurança daqueles que sofrem perseguição por causa da justiça, em uma indicação de que a retidão está intrinsecamente ligada ao Reino dos Céus.
Alguns termos ajudam a ter uma noção ampliada sobre a questão. No hebraico, “tsedeq” (concordância de strong H6664) é uma palavra associada ao sentido de “retidão” e “equidade”, cujo termo utilizado por Mateus correspondente em grego, idioma que é uma influência cultural do ambiente e momento em que foi escrito no Novo Testamento, é “dikaiosynē”, que possui relação ao conceito de ser justo, agir corretamente.
Este termo pode ser aplicado ao que está escrito em Gênesis 1: 26, sobre estar em conformidade com o PROPÓSITO-PLANO da SUPREMA DIVINDADE de DEUS.
Em ambos os idiomas, é possível perceber que o sentido comum aplicado pelo termo “fazer justiça” não se aplica ao contexto.
A expressão “fazer justiça” pode ser compreendida a partir da palavra em hebraico “mishpat”, que conta com um sentido claro aplicado à ação de julgamento, ao ato de decidir.
Além disso, outras passagens, como Salmos 119: 121, reforçam a ideia de que a Justiça Divina está fundamentada na bondade e na ausência de opressão.
Essa perspectiva transcende a simples aplicação de leis e normas ao abranger um padrão de conduta que está de acordo com o propósito divino.
Injustiça humana e seus desdobramentos
Por outro lado, a realidade humana normalmente falha em alcançar os padrões estabelecidos pelo conceito de justiça aplicado ao termo mishpat uma vez que não é possível alcançar padrões na aplicação de leis estabelecidas pelo homem para o convívio existencial, que refletem e produzem uma sensação de pacificação nas decisões tomadas. A justiça através da ação de julgar algo só pode ser percebida se ao final do processo, os participantes sentirem-se pacificados pelos resultados obtidos.
A história está repleta de exemplos de injustiças praticadas por indivíduos e instituições que resultaram em sofrimento e desigualdade.
Essas injustiças podem assumir diversas formas, desde a discriminação racial e social até a corrupção e a exploração.
Apesar dos avanços na legislação e na conscientização social em vários países, a injustiça persiste como um desafio constante na sociedade contemporânea.
Reflexões éticas e morais
Diante desse cenário complexo, surgem importantes reflexões éticas e morais. Como indivíduos e como sociedade, somos responsáveis por buscar a justiça em todas as suas formas, tanto no âmbito pessoal quanto no coletivo.
Isso implica em promover a igualdade de oportunidades, combater a opressão e defender os direitos humanos fundamentais.
Ao mesmo tempo, é crucial reconhecer nossas próprias limitações e falhas e buscar constantemente aprimorar nossas práticas e instituições.
Papel da fé e da espiritualidade
Para muitos, a fé e a espiritualidade desempenham um papel central na busca pela Justiça Divina e, igualmente, na luta contra a injustiça humana, embora a justiça humana em nada promovem o “ajustamento ao PROPÓSITO-PLANO Divino”, conforme o postulado registrado no texto de Gn 1: 26, porém a Justiça Divina influencie nos resultados para a obtenção da justiça humana.
Nesse sentido, as diversas tradições religiosas oferecem ensinamentos e valores que inspiram a ação em prol da justiça e da equidade.
No entanto, é interessante destacar que existe a possibilidade de a religião ser instrumentalizada para justificar a opressão e a exclusão.
Infelizmente, isso ainda ocorre hoje em dia, mas cabe a todos que buscam o desenvolvimento Qualitativo Crístico, a missão de discernir as ações incorretas dos mal-intencionados.
Portanto, é essencial uma abordagem crítica e inclusiva que valorize a diversidade de crenças e práticas na sociedade.
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Diálogo inter-religioso e intercultural é mais do que necessário
Em um mundo cada vez mais conectado, o diálogo inter-religioso e intercultural se torna essencial na busca da compreensão mútua sobre a Justiça Divina, de forma lógica e coerente, independente de dogmas e rituais. O conceito de Justiça Divina transcende os limites da compreensão religiosa dos homens. Não podemos achar que através do alinhamento das necessidades de cada religião, do sincretismo religioso, encontraremos o que é necessário para este ajustamento divino.
Porém ao reconhecer e celebrar a diversidade de crenças, valores e tradições, podemos construir pontes de respeito e cooperação que transcendam as barreiras sociais e culturais, facilitando o intercâmbio para promover um ambiente mais próspero entre as relações humanas, mas reforçamos que isto não irá promover a Justiça Divina, mas certamente irá melhorar as justiça humana.
Isso não apenas enriquece nossa compreensão do sagrado, do que está escrito na Bíblia, do que é nos orientado por DEUS, mas também fortalece nossa capacidade de trabalhar juntos em prol do bem comum: superar os desafios éticos e morais presentes na sociedade contemporânea.
Combate à injustiça à luz dos ensinamentos religiosos
As Escrituras Sagradas são repletas de orientações para combater a injustiça e promover a Justiça Divina na Terra.
Passagens bíblicas como Isaías 1:17, que comenta sobre “aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva”, destacam a responsabilidade moral de agir a favor dos menos favorecidos e vulneráveis.
Aliás, exemplos como o do SENHOR JESUS, que desafiou as injustiças de seu tempo e defendeu os menos favorecidos, os injustiçados das justiça humana, servem como inspiração para que as pessoas sigam seu exemplo com o objetivo de estarem em consonância com a Justiça Divina.
Atuação dos líderes religiosos na promoção da Justiça Divina
Os líderes religiosos exercem grande influência na promoção da Justiça Divina e na denúncia da injustiça humana.
Eles têm a responsabilidade moral de orientar suas comunidades na busca pela equidade, compaixão e respeito mútuo entre toda humanidade.
Isso envolve a pregação de valores éticos e também ações concretas para combater a opressão e a marginalização.
Os líderes religiosos que se posicionam contra a injustiça inspiram seus seguidores a agir em solidariedade com os menos favorecidos e a defender os princípios da Justiça Divina em todas as esferas da vida.
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