O Além: O Que Acontece Quando Morremos?

O Além: O Que Acontece Quando Morremos?

A morte é um dos maiores mistérios da existência humana. Ela suscita questões profundas sobre o que acontece conosco quando deixamos o mundo físico. A pergunta “O que acontece quando morremos?” permeia culturas, religiões e tradições, oferecendo diferentes perspectivas sobre o além e o propósito da vida.

Esse questionamento vai além da curiosidade; ele reflete nossa busca por significado e entendimento do nosso papel no universo.

Este artigo explora o que diferentes tradições espirituais nos dizem sobre a morte e o que esperar além dela. Mais do que um fim, a morte pode ser vista como uma transição para uma realidade maior.

1. O Mistério da Morte e da Vida Após a Morte

A morte tem sido compreendida ao longo dos séculos como uma passagem e um mistério profundo. Diferentes religiões e tradições espirituais oferecem respostas distintas, mas todas convergem na ideia de que a morte não é o fim da existência. Na tradição cristã, por exemplo, acredita-se que a alma continua sua jornada, aguardando a ressurreição e a vida eterna.

Muitas dessas crenças se baseiam na ideia de que a alma humana é imortal. Isso significa que, embora o corpo pereça, o espírito permanece, atravessando o véu do mundo físico para o espiritual. Mas para onde vamos? Como é o além? As respostas podem variar, em essência, todas compartilham a ideia de que a morte é uma passagem para um plano mais elevado e espiritual.

Porém se todas elas convergem para um mesmo resultado, e se esta condição é imaterial e não se tem evidências concretas sobre ela, como garantir se o que se está “aceitando” é algo real? 

É neste ponto que sempre procuramos destacar o papel fundamental do pensamento lógico, ou seja, uma proposta deve ser apresentada de maneira tal que não deixe lacunas em seu método, pois assim a probabilidade de erros será mínima.

De qualquer maneira, nosso objetivo aqui é explorar os diversos pensamentos sobre o assunto morte para analisarmos juntos as propostas existentes no pensamento intuitivo.

2. A Alma e Sua Jornada Espiritual

Dentre as teorias disponíveis para a compreensão do assunto sobre a morte, várias expressões da humanidade propõem a existência de algo denominado “alma” que compõe a individualidade humana, juntamente com o corpo e o espírito. Para esta corrente do pensamento intuitivo, o conceito de alma é central na compreensão do que acontece após a morte. Para muitas tradições, a alma é a essência imortal do ser humano, que carrega consigo o propósito divino e espiritual de cada indivíduo.

Na perspectiva cristã, a alma é o que nos conecta a DEUS, e nossa vida na Terra é uma oportunidade para desenvolver virtudes e se aproximar do Creador.

No momento da morte, acredita-se que a alma se desprende do corpo e inicia uma nova jornada. Esse processo é fundamentado nas Escrituras e nos ensinamentos espirituais.

Em Eclesiastes 12:7, lemos: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a DEUS, que o deu.” Esse verso ilustra a ideia de que nossa essência espiritual retorna à fonte divina, reafirmando que nossa alma está em constante ligação com o Creador.

3. O Julgamento e a Reflexão sobre a Vida

Para algumas tradições, após a morte, ocorre um período de julgamento ou revisão de vida. Esse conceito não precisa ser entendido como uma condenação, mas como uma avaliação profunda de nossos atos e intenções. Essa revisão da vida é um momento de autoconhecimento, em que a alma revisita suas escolhas e se torna consciente das consequências de cada ato.

No cristianismo, essa fase é simbolizada pelo conceito de julgamento final. Acredita-se que a alma é acolhida por DEUS e revisa suas experiências terrenas. Esse julgamento é uma oportunidade de reflexão e aprendizado, promovendo uma compreensão mais profunda das lições espirituais que a vida oferece.

Em 2 Coríntios 5:10, a Bíblia afirma: “Porque todos devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” Este verso aponta para a importância das escolhas e a responsabilidade sobre as ações tomadas durante a existência.

A questão é que esta compreensão religiosa proposta por diversas correntes do pensamento, incluindo o cristianismo, possui muitas lacunas que dão mais margem a dúvidas do que soluciona a questão. Por exemplo, como podemos compreender esta questão do julgamento. Se fizermos uma comparação com o que compreendemos de um julgamento, entendemos que sofreremos uma avaliação de certo ou errado aos “olhos de DEUS”? E como sabemos o que é certo ou errado? Alguns responderão que é pela doutrina que compreendemos o certo ou errado. Como será isto? Serão julgados todos? E as crianças? E os incrédulos? E os indígenas? O certo e o errado muda, mudou ou mudará com o tempo? E o homem das cavernas? Enfim, são muitos os questionamentos. O certo e o errado está baseado nos 10 mandamentos? Então quando chegarmos no tribunal de DEUS, ELE irá ler o que eu fiz, realizar um check-list com os 10 mandamentos e ver se cumpri todos? E se for com base nos 10 mandamentos, e quem veio antes de Moisés apresentar os 10 mandamentos?

Notem que este tipo de linha de pensamento dá margem a muitos questionamentos.

4. Os Planos Espirituais: Céu, Purgatório e Inferno

Na tradição cristã, o além é frequentemente descrito por meio de três planos espirituais: céu, purgatório e inferno. O céu é visto como o estado de união perfeita com DEUS, onde não há dor, sofrimento ou angústia, mas uma paz duradoura. Já o purgatório, na visão católica, é um estado intermediário onde as almas passam por uma purificação antes de serem admitidas no céu. O inferno é compreendido como a separação total de DEUS, um estado de dor e isolamento espiritual.

Essas descrições, mais do que locais físicos, representam estados de consciência espiritual. O céu, por exemplo, pode ser interpretado como o estado de harmonia plena com DEUS, enquanto o inferno simboliza o distanciamento dessa verdade. Nesse sentido, o que experimentamos após a morte está diretamente ligado ao nível de espiritualidade e virtude que cultivamos durante a vida.

5. A Reencarnação e a Evolução da Alma

Algumas tradições espirituais, como o espiritismo e o hinduísmo, acreditam na reencarnação, o processo em que a alma retorna à vida terrena em um novo corpo. A reencarnação é vista como uma oportunidade para a evolução espiritual, permitindo que a alma experimente novas situações, aprenda lições e se aproxime do divino.

No espiritismo, por exemplo, cada reencarnação representa uma nova chance de progresso moral e espiritual. A alma, em sua busca por evolução, retorna várias vezes ao plano material, assumindo diferentes formas e papéis, até alcançar um estado de plenitude e unidade com o Creador.

Esta linha de pensamento é bastante interessante se não fosse o fato de os resultados esperados pelo “método imaterial” não apresentarem êxito. O que vemos na humanidade é um esfriamento espiritual e uma piora na questão ética e de valores. É fato que há uma minoria que têm apresentado um crescimento, um aperfeiçoamento dos seus valores e princípios éticos, e do seu próprio ser. Porém o que percebemos é que a grande massa da humanidade têm se distanciado dos “parâmetros espirituais” e estão intensamente ligados ao atendimento de suas necessidades mais instintivas e naturais. O que vemos é uma humanidade muito mais agressiva e com “distanciamento de DEUS”, e em muitos casos com uma grande oposição a DEUS.

6. Experiências de Quase-Morte (EQM) e Evidências Espirituais

As experiências de quase-morte (EQM) são relatos de pessoas que estiveram próximas da morte e descreveram vivências que parecem transcender o mundo físico. Embora não ofereçam respostas definitivas, essas experiências sugerem que a consciência humana pode sobreviver à morte do corpo. Muitas pessoas que passaram por EQM relatam sensações de paz, luz intensa e reencontros com entes queridos já falecidos.

Esses relatos, estudados por pesquisadores e espiritualistas, dão credibilidade à ideia de que a morte é apenas uma transição para um estado de consciência superior. Embora as EQM não provem a vida após a morte, elas oferecem indícios de que a existência espiritual continua além do corpo físico.

Mesmo que ainda exista esta especulação, outra corrente questiona se o EQM não seria uma reação química e neurológica em condições extremas do cérebro, com liberação de elementos químicos que somente acontecem na situação em questão.

7. A Importância da Vida e do Propósito na Preparação para o Além

Desta maneira, a linha deste pensamento subjetivo ou intersubjetivo, de maneira tal que o conceito do além nos lembra da importância de viver com propósito, e que ainda segundo esta proposição, nossa jornada espiritual na Terra é uma preparação para a próxima fase da existência, e cada ação que realizamos reflete nossa conexão com o divino. Como afirma o livro de Eclesiastes 3:11: “Tudo fez DEUS formoso no seu tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que DEUS fez desde o princípio até o fim.” Isso sugere que a nossa busca por respostas sobre a vida e a morte faz parte desta “semente” que DEUS utilizou para constituir o ser humano.

Desta forma, esta corrente do pensamento humano propõe que ao viver em harmonia com a vontade divina e cultivar virtudes, estamos nos preparando para uma jornada de paz e plenitude no além. A verdadeira espiritualidade está em viver cada dia com gratidão, amor e respeito, sabendo que estamos cumprindo nosso papel no universo.

8.  Considerações Finais

O tema sobre a MORTE é muito complexo e seria ingenuidade da nossa parte garantir exaurir todas as possíveis variáveis e consequências decorrentes das várias interpretações, mas o que podemos deixar aqui é um convite para você participar dos nossos Ciclos de estudo que são inteiramente gratuitos para juntos investigarmos as diversas expressões da humanidade e compararmos a estrutura lógica do pensamento nas várias correntes investigativas sobre este assunto. A partir desta comparação, apresentamos a Estrutura do Pensamento denominado Equação da Vida Crística que estudaremos através da Teoria de PROPÓSITO-PLANO da SUPREMA DIVINDADE, em DEUS para o UNIVERSO e o HOMEM.

Nesta teoria trataremos de temas complexos como o REAL CONCEITO DE DEUS, a ESTRUTURA do indivíduo humano, a MORTE, o pós-MORTE, entre outros.

Se você é um questionador, um cético em busca de conhecimento, certamente obterá bons conteúdos formativos para a sua biblioteca pessoal.

Para saber mais sobre temas espirituais e explorar o propósito da existência, continue lendo nossos artigos no blog da Thélos. Cada texto é um convite para refletir e fortalecer sua conexão com o divino.

wm#27122024

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