Explorando o Conceito de Amor Incondicional na Bíblia

O amor incondicional, tema que é tratado nas Escrituras Sagradas, é uma manifestação divina que está presente as páginas da Bíblia de Gênesis a Apocalipse.

Porém, existem diversos momentos em que esse amor incondicional é apresentado sob diferente ângulos, o que nos leva a questionar seus significados.

Neste artigo, vamos explorar o conceito de amor incondicional na Bíblia. Esperamos que o conteúdo seja útil e que você possa esclarecer todas as suas dúvidas sobre o assunto.

Origens do amor incondicional na Bíblia

O amor incondicional é uma expressão do próprio caráter de DEUS. Na passagem de João 4:8 (Jo 4: 8), é proclamado que “DEUS é amor”. Esse amor transcende barreiras e não é condicionado por méritos humanos e nem tão pouco é a expressão de algum tipo de sentimento expresso na relação humana.

A expressão do AMOR INCONDICIONAL DE DEUS na Bíblia pode ser encontrado em muitas passagens, tais como Jr 31: 3 (Jeremias capítulo 31, verso 3) – “Há muito o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí.”

Em outra passagem, Dt 7: 9 (Deuteronômio capítulo 7, verso 9), “Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos.”, vemos algo bem interessante demonstrando que esta relação de AMOR também têm uma direção dos homens para com DEUS, acrescentando a esta relação, uma condicional de que o homem guarde os seus mandamentos. Será que o AMOR CONDICIONAL tem uma condição específica para ele surgir entre DEUS e o homem?

Aqui, a Bíblia nos apresenta a ideia de que o amor divino não é baseado em nosso merecimento, mas é estendido a nós ainda em nossa condição mais imperfeita.

O exemplo supremo de amor incondicional na Bíblia: JESUS, o CRISTO

A encarnação de JESUS, o CRISTO, é o ápice do amor incondicional na Bíblia. Em João 3:16, uma passagem bastante conhecida, lemos: “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Temos uma passagem emblemática nas Escrituras Sagrada sobre esta ideia do AMOR INCONDICIONAL que está em João 3: 16 (Evangelho de João, capitulo 3 e verso 16) que muitas vezes fica turbada quando fazemos sua leitura a partir do paradigma do cristianismo, pois encapsula uma mensagem distorcendo alguns conceitos. 

Porém, como podemos compreender o AMOR CONDICIONAL de DEUS com relação ao SEU MESSIAS e a humanidade? 

Considerando o que foi profetizado Moisés (Dt 18: 18 – Deuteronômio capítulo 18, verso 18) – “Profeta lhes suscitarei do meio de seus irmãos, semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.”.

Esta profecia será mais tarde confirmada por um doutor da Lei de DEUS dada à humanidade através de Moisés. Este doutor seria Saulo de Tarso (mais tarde passou a ser chamado de Paulo de Tarso, em seu discurso registrado no Livro de Atos, capítulo 3, versos 22 e 23 (At 3: 22-23) – “Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo.”

DEUS gerou da humanidade, um indivíduo com as qualificações (atributos) específicas (assim como todos nós temos nossos caracteres específicos expressos em nossas 4 Faculdades) que o fizeram conquistar a condição de Primeiro entre todos os indivíduos humanos a conquistar a condição de Filho de DEUS, conforme o Postulado apresentado por DEUS no livro de Gênesis capítulo 1 e verso 26 (Gn 1: 26), e que é a Proposição Única e Exclusiva para toda a humanidade. 

Com base também em outra importante passagem no Novo Testamento, em Colossenses capítulo 1 e verso 15 (Cl 1: 15) – “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.” vemos a confirmação desta compreensão ainda de forma mais categórica e também feita pelo mesmo doutor Paulo de Tarso. 

Portanto, se unirmos os dois conceitos expressos em Jo 3: 16 e Cl 1: 15, temos a definição de que o ser humano de nome JESUS, a partir da sua determinação e total dependência em DEUS, qualificou-se (por sua determinação e vontade) e foi realizado por DEUS (pois a partir da sua condição de qualificação entregou o necessário para de DEUS o gerasse – Lc 23: 46 – Evangelho de Lucas, capítulo 23 e verso 46) em uma nova condição, a de “FILHO DE DEUS” realizando-se assim o que antes era apenas uma PROPOSIÇÃO de DEUS estabelecida em Gn 1: 26.

É por isto que os registros dos textos Jo 3: 16 e Cl 1: 15, afirmam que ELE é o Unigênito e Primogênito respectivamente. Primogênito (primeiro gerado) e unigênito (único gerado) com base na proposição de Gn 1: 26.

Compreendido isto, vem a pergunta que não quer calar. O que significa a afirmação que DEUS deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna?

A ação de “dar seu Filho” atribuída a DEUS, é justamente a realização do primeiro indivíduo humano ser gerado em “FILHO DE DEUS”, é a comprovação de que SUA proposição é real e possível de ser conquistada por todo aquele com determinação e vontade para percorrer todos os processos existenciais formativos para a qualificação necessária (damos o nome de Qualidade Crística), e dependência exclusiva na Qualidade Crística daquele que se tornou o SENHOR deste processo, o SENHOR JESUS.

Da mesma maneira nós devemos entregar também “esta qualificação” para sermos gerados em Filho de DEUS, e aí deixaremos de ter um Único Gerado, porém a Primogenitura sempre pertencerá ao MESSIAS. 

Ainda considerando este PARADIGMA de PROPÓSITO-PLANO proposto pela THÉLOS e com base nas Escrituras Sagradas, aquele que for gerado Filho de DEUS, confirmando a declaração “[…]  para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna [..]”, pois a condição de Filho de DEUS é de atemporalidade.

A proposição declarada em Gn 1: 26 é um convite para refletirmos sobre a profundidade desse amor que vai além da nossa compreensão finita.

 Amar o próximo como a si mesmo: um mandamento fundamental

A Bíblia não apenas destaca o amor incondicional de DEUS, mas também instrui aqueles que aderirem a proposição em Gn 1: 26, a praticarem esse amor uns aos outros.

No evangelho de Mateus capítulo 22 e verso 39 (Mt 22: 39), JESUS, o CRISTO, ensina: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Esse mandamento vai além das fronteiras culturais e sociais e incentiva uma prática de amor que não espera recompensa ou reconhecimento, mas é matriciador provendo todos os meios necessários como alimento para as 4 Faculdades (Físico-Mental-Emocional-Essencial) para que o indivíduo matriciado nesta relação de AMOR possa qualificar-se para realizar a proposição de DEUS, conforme Gn 1: 26.

A Bíblia nos desafia a estender o amor incondicional a todos, independentemente de sua origem, status social ou crenças.

A perseverança do amor incondicional nas adversidades

O amor incondicional não é abalado pelas circunstâncias adversas. Na carta aos Romanos capítulo 8, versos 38 e 39 (Rm 8: 38-39), Paulo proclama: “Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de DEUS que está em CRISTO JESUS, nosso Senhor”.

As palavras enfatizam a inabalável natureza do amor divino ao destacar que nem mesmo as dificuldades mais intensas podem nos separar desse amor incondicional.

O perdão como expressão do amor incondicional na Bíblia

Dentro da narrativa bíblica, o perdão surge como um exemplo claro do amor incondicional em vários momentos.

Em Colossenses capítulo 3 e verso 13 (Rm 3: 13), somos orientados da seguinte forma:  “Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou”.

Recebemos a orientação clara do conceito de matriciamento uns dos outros uma vez que a ideia de dar suporte – “[…] suportem-se uns aos outros […]”, associando-se com a condição da ação de perdoar. Etimologicamente a palavra perdão têm um sentido muito mais completo do que o aplicado na atualidade que distorce em muito o seu sentido, que muitas vezes é atribuído a uma ação de liberar sentimentos do tipo ressentimento que uma pessoa nutre pela outra, sentimentos de raiva, mágoa, etc. É como se fosse capaz de anular ou quebrar “uma corrente negativa” estabelecida entre dois indivíduos. 

O termo perdão, em grego é “συγχώρεση” (pronunciada “sichóresi”), e sua etimologia pode ser rastreada até as raízes da língua grega antiga. A palavra grega para perdão deriva principalmente do verbo “συγχωρώ” (pronunciado “sichoró”), que significa “perdoar” ou “conceder clemência”.

O verbo “συγχωρώ” (G4857) é formado pela combinação de duas palavras gregas:

“Σύν” (pronunciado “sín”), que significa “junto” ou “com”, indicando uma ação que é feita em conjunto ou em harmonia com outra pessoa.

“Χωρώ” (pronunciado “choró”), que significa “ceder” ou “permitir”, denotando uma ação de conceder ou deixar passar.

Vemos então por este anglo que o conceito é muito mais amplo. É necessário o estabelecimento de uma concordância entre as partes envolvidas.

Portanto, a passagem ressalta a ligação intrínseca entre o perdão e o amor incondicional e indica que a disposição para perdoar é um reflexo direto do amor que DEUS nos oferece sem reservas.

Leia este artigo também: Amor e Perdão: A Relação entre o Amor Divino e o Perdão nos Ensinamentos Bíblicos

A paciência como fruto do amor incondicional na Bíblia

A paciência, muitas vezes subestimada pelas pessoa, é realmente um fruto do amor incondicional destacado na Bíblia.

Na 1ª carta aos Coríntios capítulo 13 e verso 4 (1Co 13: 4), é sempre lembrado por aqueles que aderiram à proposição de Gn 1: 26, como o capítulo do amor, entendemos que “o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha”.

Dessa forma, a paciência vai além da tolerância e indica uma atitude compassiva que resiste às pressões do tempo e das circunstâncias, além de espelhar o amor incondicional de DEUS.

A redenção como resultado do amor incondicional

O amor incondicional não só perdoa e demonstra paciência, como também oferece redenção para nós.

Em Efésios capítulo 1 e verso 7 (Ef 1: 7), encontramos a seguinte afirmação importante é orientativa do doutor da Lei, Paulo de Tarso: “Nele temos a redenção por meio do seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de DEUS”.

Vemos que a redenção, que é um ato de transformação qualitativa processada nas 4 Faculdades do indivíduo, é diretamente proporcional ao ato de perdão, que igualmente dependerá das duas partes para que este ocorra. Não é um efeito obtido por meio de uma unilateralidade.

O símbolo “sangue” é uma figura de linguagem para a morte existencial através da CRUZ, onde o SENHOR deste processo estabelecido em Gn 1: 26, o indivíduo JESUS, foi tornado em CRISTO / MESSIAS por DEUS, venceu  e foi tornado em FILHO DE DEUS.

Desta maneira, o verso 7º do capítulo 1 da Carta aos de Éfeso, reforça que o amor de DEUS tolera a imperfeição e busca ativamente a restauração e a redenção, detalhes que oferecem uma chance contínua a todos que aceitam esse amor incondicional.

A universalidade do amor incondicional na Bíblia

Ao longo das Escrituras, percebemos que o amor incondicional não é seletivo nem limitado a um grupo específico, mas sim a todos os que se lançarem a viver suas existências em realização consciente em si mesmo da proposição estabelecida por DEUS em Gn 1: 26 e dependência exclusiva em CRISTO, para sua qualificação crística nas 4 Faculdades através das práticas e fundamento no ensino das Escrituras Sagradas.

Em Gálatas capítulo 3 e verso 28 (Gl 3: 28), Paulo declara: “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em CRISTO JESUS”.

Importante notar que o Apóstolo dos Gentios, o doutor Paulo de Tarso, estabeleceu o elo qualitativo para que a sua afirmação seja verdadeira, e este elo é CRISTO JESUS, e nisto resume o grande enigma de toda a Bíblia Sagrada. 

Sua afirmação é verdadeira conforme nossa fundamentação anterior de que JESUS, o CRISTO, é o SENHOR da proposição em Gn 1: 26, tendo sido tornado por DEUS em primogênito e unigênito.

Essa passagem destaca a universalidade do amor divino que, de forma alguma, se resume em algumas culturas e sociedades. O amor incondicional supera as diferenças humanas e une todos sob a graça divina.

A esperança como motivação para o amor incondicional

A Bíblia aponta para a esperança como uma motivação poderosa para vivermos o amor incondicional.

Na 1ª Carta aos Coríntios, capítulo 13 e verso 13 (1Co 13:13), Paulo escreve: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”.

A esperança na promessa da realização de Gn 1: 26, é o AMOR ETERNO e na transformação que o amor incondicional pode trazer inspira os aderentes à disciplina ensinada por JESUS, o CRISTO, o SENHOR do processo proposto em Gn 1: 26, a persistirem em seus esforços para viver esse amor em suas vidas diárias.

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