Entenda a relação entre religião e ciência

Entenda a relação entre religião e ciência

A procura por respostas é algo que sempre instigou e motivou a humanidade. À medida que o conhecimento vai sendo construído, algumas perguntas encontram respostas, enquanto outras surgem em um movimento que tenta construir conhecimentos, sejam eles científicos ou religiosos. 

Continue a leitura a seguir e entenda a diferença entre as duas vertentes e qual a relação entre ambas!

Qual a diferença entre religião e ciência?

O conhecimento científico busca explicar uma grande variedade de fenômenos que ocorrem ao nosso redor, estando em constante modificação. Já o religioso, muitas vezes revestido de revelações divinas, busca na crença e na de suas bases de sustentação.

Enquanto a religião tende a explicar assuntos que envolvem, por exemplo, a finalidade do homem na Terra, a existência, a eternidade e a relação do homem com Deus, a ciência busca explicar a natureza, suas causas e evidências aos fenômenos observados.

Entretanto, em relação a muitas temáticas, essas duas perspectivas não seguiram caminhos isolados, pelo contrário, têm se cruzado ao longo dos séculos. Nesses cruzamentos, se por um lado ocorrem diálogos e consensos, por outro, surgem inflamadas discussões diante de pontos de vista divergentes e ideias conflitantes sobre os assuntos em voga.

Existe relação entre religião e ciência?

Quando olhamos na sociedade contemporânea o avanço científico e tecnológico, vemos todos os benefícios da ciência e da técnica para com a sociedade, como na medicina, na engenharia etc. Em contrapartida, notamos também a angústia que essas descobertas ou invenções estão trazendo para o homem contemporâneo.

No texto bíblico do Profeta Daniel, capítulo 12 verso 4, vemos que este avanço não é algo aleatório, mas há uma “programação” no “código da Creação”. O texto diz:- “Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.” – Versão Almeida Revista e Atualizada.

A necessidade constante de produzir a cada dia um conhecimento novo ou uma técnica nova para satisfazer as supostas necessidades ou talvez as necessidades criadas mais pelo mercado, produz nas pessoas um estado de vazio, de perda de sentido e sensibilidade. O processo veloz pelo qual as coisas e os conhecimentos se tornam obsoletos produz a sensação de que tudo se desmancha em segundos e estamos condenados ao nada e a incerteza constante. 

A mentalidade utilitarista e economicista muitas vezes predomina no mundo contemporâneo, transformando o útil e o econômico no ético, criando, também, muitas dificuldades para a sociedade.

Talvez o olhar científico não deva excluir o olhar religioso e nem o poético, pois todos esses olhares refletem os modos de adaptação do homem ao seu meio.

Como a Thelos identifica a ligação entre religião e ciência?

A ciência trata do Universo em seu aspecto finito, físico, material, e a religião, do aspecto infinito, metafísico, imaterial.

Religião é uma palavra com várias correntes para explicar a sua origem. Dentre estas vamos destacar uma que nos ajuda a compreender um pouco mais sobre o fundamento do seu surgimento na humanidade. A palavra “Religião” têm sua etimologia na palavra latina Religare, ou seja, todo o seu ensinamento, explicações, diretrizes, estão fundamentadas para explicar o ato de religar o homem a DEUS, e se compreendemos a necessidade de religar é porque em algum momento homem e DEUS estavam ligados.

Propomos então, para este texto transcender o conceito de Religião, esquecendo a origem da sua etimologia, e aplicar o termo para a parte do Pensamento Humano que tratará dos assuntos que excedem o mundo dos fatos. Isto posto, passemos então a investigar um pouco mais sobre um dos pontos que é tema para a Religião, o “UNO”.

O “UNO” QUE É, faz parte dos grandes questionamentos das Religiões e Filosofias. É O Inominável, O Incognoscível, O Imensurável, que não se pode determinar e nem ser dito. Qualquer dito sobre o inominável não alcançará Aquilo QUE É. 

O dito sobre o QUE É, poderá sim expressar sua grandeza, sua magnitude, sua amplitude, mas todas as expressões estarão fadadas ao fracasso, pois tudo ainda é limitação para nossa compreensão. O “UNO” É Causa-Incausada, pois absolutamente nada O CAUSOU, mas o QUE É causou todos os causados, É Imanente em seus causados e Transcendente a estes. 

O QUE É, causa, se manifesta em “versos”, de infinitude (Qualidades) e existências finitas (Quantidades). Não existem dois poderes paralelos (dualismo), existe apenas um poder (monismo), os outros, são derivados deste QUE É, o TODO. As creaturas são emanações do Creador, do “TODO”, da essência, para o verso da existência.

Dentre as creaturas, os causados, os emanados, em descida de frequência, a partir do QUE É, está o gênero humano (humano do hebraico “adam”), que dentre todas as creações, é a única que pode, com o uso de seu livre arbítrio, estagnar (manter-se e acentuar sua instintividade) ou evoluir (desenvolver sua intuição, sua capacidade de PENSAR, isto é analisar-intuir). 

É no atrito da vida existencial que este resultado será promovido, pois todos sabemos que onde não há nenhuma dificuldade, não há progresso algum. 

Os cientistas buscam responder as questões observadas pela humanidade. Não é possível uma religião científica, pois a ciência trata dos ”finitos”, das evidências dos fenômenos observados, da natureza, de fatos possíveis de serem analisados pela inteligência. Porém, a religião, trata (ou deveria tratar) de inspiração, intuição, do ”infinito”, de algo que vai muito além da ciência (fatos), ocorre em nossa consciência (Valor).

Os “fatos” são descobertos por nossa inteligência. ”Valor” é percebido por nossa consciência. O descobrimento dos fatos nos torna eruditos. A realização “do Valor” em nós, nos faz bom. Ser bom é estar em perfeita harmonia com sua verdadeira consciência. A consciência é a nossa capacidade de “ouvir a voz” do QUE É, emanada em frequências de UNIDADE-PERFEIÇÃO vibrando em nós.

A Consciência nos faz colocar em ação o nosso livre-arbítrio, para escolher harmonizar-se com o QUE É ou não. 

Qual a necessidade de escolher? Como nos harmonizamos com o QUE É? Isto já é conteúdo para outro texto.

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