No Sermão do Monte, JESUS, o CRISTO, apresenta ensinamentos profundos e transformadores que desafiam os padrões de comportamento e espiritualidade de Sua época. Entre esses ensinamentos, encontramos a famosa declaração:
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” (Mateus 5:20)
Essa declaração, aparentemente simples, carrega em si um convite à reflexão profunda sobre o que significa viver uma justiça que vai além das aparências e formalidades religiosas. Neste artigo, exploraremos o significado dessa afirmação de JESUS, o contexto em que ela foi dita e o impacto que pode ter em nossa vida espiritual hoje.
Quem Eram os Fariseus e Escribas?
Para entender a declaração do SENHOR JESUS, é essencial compreender quem eram os escribas e fariseus. Esses grupos religiosos eram conhecidos por sua rigorosa observância da Lei de Moisés e das tradições judaicas. Os fariseus, em particular, destacavam-se pelo cumprimento minucioso das leis, tanto das Escrituras quanto das tradições orais que se desenvolveram ao longo dos séculos.
Os escribas, por sua vez, eram os responsáveis pela interpretação e ensino da Lei. Eles eram vistos como autoridades espirituais e frequentemente consultados em questões religiosas e jurídicas.
Embora tanto os fariseus quanto os escribas fossem admirados por sua dedicação e conhecimento, JESUS os criticou por sua hipocrisia e pela superficialidade de sua justiça, que muitas vezes se limitava a rituais externos, sem uma transformação interior genuína.
Também é importante compreendermos o termo justiça, não somente como um conjunto de regras, normas, obrigações e direitos, estabelecidos para uma organização daquele povo que viveu em uma condição de escravo no Egito, por 430 anos, e que depois se vê no deserto por 40 anos, onde as normas e diretrizes da organização egípcia já não existia mais.
Era preciso agora uma nova direção e concepção de vida, e por isto, Moisés como intermediário entre DEUS e aquele povo, transcreveu o que recebera de DEUS os 10 mandamentos para a transformação daquele povo em uma verdadeira Nação. Os 10 mandamentos foram normatizados em regras, obrigações, deveres e direitos, que mais tarde foram registrados no Pentateuco.
Uma outra maneira de compreender o termo “justiça” é pelo olhar “daquele que se ajusta a algo”, “estar ajustado a algo”, e por sua vez o termo “injustiça” é a condição daquele que não está ajustado ao processo.
A ideia é que a justiça legal das obrigações, deveres e direitos, tenha por consequência a condição de justiça ética daquele que está em ajustamento ao que se é estabelecido.
Também é importante destacar que o povo hebreu não fazia diferente no seu modo de viver, isto é, a diferenciação entre vida espiritual (vertical) e vida social (horizontal). Para o hebreu, uma coisa estava intrinsecamente ligada à outra.
A Justiça dos Fariseus: Forma Sem Essência
A justiça dos fariseus estava fundamentada em uma observância externa da Lei. Eles eram rigorosos em aspectos como o pagamento do dízimo, as orações públicas e os jejuns, mas frequentemente negligenciavam questões mais profundas, como o amor ao próximo, a misericórdia e a compaixão. JESUS destacou essa incoerência em várias ocasiões, como quando disse:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé.” (Mateus 23:23)
Os fariseus estavam mais preocupados em parecer justos diante dos homens do que em serem verdadeiramente ajustados diante de DEUS. Eles cumpriam a Lei de forma literal, mas muitas vezes ignoravam o espírito por trás dela.
A Justiça que Excede: O Chamado de JESUS
Quando JESUS fala sobre uma justiça que excede a dos fariseus, Ele não está se referindo a uma observância mais rigorosa da Lei, mas a uma transformação que começa no coração. A justiça que JESUS propõe é baseada em uma relação genuína com DEUS e no amor ao próximo. Ela vai além das ações externas e alcança as intenções e motivações internas.
1. Uma Justiça que Transforma o Interior
JESUS enfatizou que a verdadeira justiça começa no coração. Ele disse:
“Ouviste que foi dito aos antigos: Não matarás; mas eu vos digo que qualquer que, sem motivo, se irar contra seu irmão será réu de juízo.” (Mateus 5:21-22)
Aqui, JESUS nos ensina que a justiça não é apenas evitar ações erradas, mas também transformar nossas atitudes por meio dos nossos pensamentos e sentimentos. É uma transformação que vai além do comportamento e toca a essência do nosso ser.
2. Uma Justiça Baseada no Amor
A justiça que excede é profundamente enraizada no amor. JESUS nos chamou a amar não apenas nossos amigos, mas também nossos inimigos:
“Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:44-45)
Esse amor incondicional é a essência para este ajustamento ao PROPÓSITO-PLANO da SUPREMA DIVINDADE em DEUS. Ele nos desafia a superar o orgulho, o egoísmo e a retaliação, escolhendo a compaixão e a reconciliação.
3. Uma Justiça Que Busca o Reino dos Céus
JESUS deixou claro que a verdadeira justiça está alinhada ao Reino dos Céus:
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de DEUS e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)
Essa justiça não busca reconhecimento humano, mas reflete um desejo sincero de viver em harmonia com a vontade divina.
O Impacto da Justiça Divina em Nossa Vida
A justiça que JESUS nos chama a viver tem implicações profundas em nossa vida cotidiana. Ela nos desafia a:
- Abandonar a Hipocrisia: Viver de forma íntegra, onde nossas ações externas reflitam nossa transformação interior.
- Praticar a Misericórdia: Perdoar e compreender, mesmo quando somos injustiçados.
- Servir ao Próximo: Colocar as necessidades dos outros acima do nosso conforto pessoal quando o assunto é a busca para a realização da proposição estabelecida em Gn 1: 26.
- Priorizar o Propósito Divino: Alinhar nossas escolhas e prioridades com os valores do Reino dos Céus.
Reflexão: Estamos Vivendo Essa Justiça?
Reflita sobre sua própria vida: sua justiça é superficial, baseada em aparências e tradições, ou é fruto de uma transformação interior genuína? Suas ações refletem o amor e a compaixão ensinados por JESUS? A justiça que excede nos convida a avaliar nossas intenções e a buscar uma conexão mais profunda com DEUS.
Um Convite à Transformação
A justiça que excede a dos fariseus é mais do que um padrão ético, é um chamado à transformação espiritual. É um convite para deixar de lado as aparências e viver uma vida marcada pelo amor, pela misericórdia e pelo alinhamento com o PROPÓSITO-PLANO de DEUS.
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