Sua busca pela felicidade tem trazido mais esclarecimentos do que dúvidas? E por acaso você tem incluído uma perspectiva filosófica em suas reflexões sobre o assunto?
Estas são perguntas interessantes a se fazer para perceber se você já encontrou a felicidade com o que tem ou se ainda falta algo para se sentir feliz.
Filósofos, líderes espirituais e pensadores de todos os tempos têm explorado esse tema fascinante para tentar compreender suas nuances e oferecer orientações sobre como alcançar esse estado de ser desejado. Com eles, você pode aprender mais.
Neste artigo, vamos abordar a busca pela felicidade com uma perspectiva filosófica. Faça uma boa leitura e aproveite o conteúdo.
Natureza da felicidade
A busca pela felicidade é inerente à condição humana. Desde os primórdios, os seres humanos têm ansiado por encontrar um estado de realização interior.
No entanto, a definição de felicidade pode variar de pessoa para pessoa e de cultura para cultura. Alguns a veem como uma sensação momentânea de prazer, que podemos chamar de alegria, enquanto outros a consideram um estado duradouro de paz e harmonia.
A filosofia nos convida a refletir sobre a verdadeira natureza da felicidade e questionar se ela reside na busca incessante por prazeres externos ou se é encontrada em alguma outra forma de existir diferente dos estímulos externos e quantitativos.
Papel do sofrimento na busca pela felicidade
Uma perspectiva interessante sobre a busca pela felicidade é oferecida pelo filósofo e educador Huberto Rohden em seu livro “Porque sofremos”, publicado originalmente em 1976.
Rohden sugere que o sofrimento não deve ser visto como um obstáculo à felicidade, mas sim como uma oportunidade de crescimento e evolução espiritual.
Ele argumenta que o sofrimento é uma reação das leis cósmicas contra o pecador ou aqueles que perturbam a harmonia do universo, e que saber lidar com o sofrimento de modo consciente é essencial para alcançar a felicidade.
Esta abordagem nos convida a reconsiderar nossa relação com o sofrimento e a encará-lo não como um inimigo a ser evitado, mas como um mestre que pode nos ensinar lições valiosas sobre a vida.
Busca interna pela felicidade
Muitas vezes, buscamos a felicidade em fontes externas, seja por meio de conquistas materiais, relacionamentos ou experiências emocionantes.
Contudo, a sabedoria filosófica nos lembra que a felicidade não pode ser encontrada fora de nós mesmos. Ela é um estado de ser que surge da nossa conexão com algo que transcende a nós mesmos, mas é imanente em nossas 4 Faculdades Físico-Mental-Emocional-Essencial. O importante é ter ciência que a Felicidade jamais virá de outro ser igual ou inferior a nós mesmos, pois estes somente podem nos garantir momentos de alegria.
Práticas como a meditação, a introspecção e a gratidão podem nos ajudar a cultivar essa conexão e a descobrir uma fonte de felicidade que é imune às flutuações externas da vida.
Importância da sabedoria na busca pela felicidade
Na busca pela felicidade, a sabedoria desempenha um papel crucial. Afinal, a sabedoria nos ajuda a discernir entre prazeres passageiros e uma fonte de contentamento que realmente faz a diferença.
Ou seja, ela nos orienta a olhar além das ilusões quantitativas da existência humana, e a encontrar significado e propósito nas experiências da vida, mas não exatamente por acúmulos de conhecimento, mas sim por vivermos conscientes de algo transcendente a nós, imanente em nós, e fonte de Suprema Sabedoria.
Logo, ao cultivar a sabedoria, podemos desenvolver uma visão clara de quem somos e do que realmente importa.
Dessa forma, conseguimos viver de acordo com valores absolutos e encontramos uma felicidade que vai além de qualquer circunstância.
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Felicidade no contexto social e cultural
É válido considerar também a influência que o contexto social e cultural exerce em nossa busca pela felicidade. O geo-social é um dos fatores formativos do caráter humano, juntamente com a determinação (vontade), influências cósmicas e hereditariedade. A Epigenética tem demonstrado isto através dos estudos científicos.
As sociedades geralmente promovem ideais de felicidade baseados em conquistas materiais, status social e padrões de beleza, o que tende a criar expectativas inatingíveis e a gerar um ciclo de insatisfação constante.
Porém, a filosofia explica que a felicidade não pode ser ditada por normas externas, mas sim descoberta pela autenticidade e pela conexão genuína com nós mesmos e, ao mesmo tempo, com os outros.
Quando questionamos as narrativas culturais dominantes e buscamos uma compreensão maior dos nossos próprios valores e aspirações, podemos nos libertar das amarras da comparação e encontrar um caminho em direção à felicidade.
Viver bem com ética e felicidade
Uma parte fundamental da busca pela felicidade é a prática da ética crística que diferente da noção de moralidade. A ética crística é uma mudança em nós através da construção de valores que são inegociáveis, enquanto a moral é simplesmente o cumprimento às regras estabelecidas em um meio social para atender os anseios da maioria ou da condição cultura de uma sociedade.
Ao viver de acordo com princípios éticos, cultivamos relacionamentos saudáveis que resultam em desdobramentos tais como, a justiça social e criamos um ambiente propício para o convívio em retidão entre as pessoas.
A filosofia ética nos diz que a felicidade não é egoísta, mas sim compartilhada, e que encontramos a maior satisfação quando contribuímos para o bem-estar dos outros.
Propósito de vida junto da felicidade
Outro aspecto interessante da busca pela felicidade é a questão do Propósito da Vida. Para que existimos?. É comum encontrarmos uma sensação de realização quando estamos engajados em atividades que consideramos significativas e que nos permitem contribuir para algo maior do que nós mesmos. Porém, será que isto é suficiente?
Nesse ponto, a filosofia nos faz refletir sobre nossos valores, talentos e paixões, e a buscar alinhamento entre esses elementos para encontrar o Propósito que dê sentido à nossa existência.
Se vivemos de acordo com o Propósito , encontramos uma fonte de felicidade que vai além do prazer pessoal e nos conecta a um senso de pertencimento e a necessidade de aperfeiçoamento, ainda que a plenitude em perfeição não seja algo alcançável em vida existencial.
Jornada contínua em busca da felicidade
É importante reconhecer que a busca pela felicidade não é um destino final, mas a Felicidade sim é o Destino Final. Buscar a felicidade é buscar uma jornada contínua de autoconhecimento e crescimento pessoal.
Durante a vida, enfrentamos desafios, experimentamos altos e baixos, e estamos em constante evolução como seres humanos.
A felicidade não é encontrada em um estado estático, mas sim na busca de nos tornamos melhor a cada momento, não em uma cobrança opressiva de nós mesmo, mas sim com resiliência e continuidade. A jornada é constituída de paciência, disciplina, exercício contínuo e progressão, o que é diferente de perfeição. A PERFEIÇÃO é um estado dinâmico e atemporal.
Assim que abraçamos essa ideia, podemos encontrar uma fonte de contentamento que nos sustenta em meio às adversidades.
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