A jornada do despertar da consciência é um caminho transformador que nos leva a explorar nosso interior, reconhecer nossas limitações e expandir nossa compreensão do mundo e de nós mesmos.
Este processo de autoconhecimento não é simples, mas é essencial para alcançar a realização interior e viver uma vida plena e autêntica.
Neste artigo, vamos explorar essa jornada e discutir como podemos despertar nossa consciência, transformar nossas vidas e encontrar a verdadeira realização interior. Esperamos que o conteúdo seja útil e que você possa esclarecer todas as suas dúvidas sobre o assunto.
Despertar da consciência
Primeiramente, é necessário destacar que o conceito de consciência vai além de um simples estado de alerta. Ele se refere a um fenômeno intermediário entre o sentimento e o intelecto, unindo ambos para formar um terceiro elemento: a verdadeira consciência. A consciência também está diretamente ligada à intuição, que envolve a compreensão de que fazemos parte de algo imanente a nós, mas que é transcendente a todos e ao meio em que estamos imersos.
Essa consciência é a única forma de lucidez e sabedoria que permite ao indivíduo se desenvolver plenamente.
É importante ressaltar a relevância de trazer à tona a “consciência da consciência”, um processo que envolve reconhecer que somos conscientes. Pensadores como Descartes — com seu “Penso, logo existo” — e Immanuel Kant, entre outros, entendiam a característica exclusiva da raça humana: a capacidade de ser consciente e ter consciência de que somos conscientes. Esse processo é o que nos permite fazer perguntas abstratas e profundas, como “Por que a vida?”, “Quem somos?”, “Há uma razão para a existência?”.
A jornada do despertar começa com a introspecção e a análise pessoal. Muitos de nós evitamos confrontar nossas limitações e imperfeições, pois isso pode ser desconfortável.
No entanto, é justamente por meio deste reconhecimento que começamos a expandir nossa consciência.
O papel do analista, ou do mentor espiritual, é crucial nesse processo, já que nos ajuda a enxergar com clareza nossas imperfeições e a trabalhar para superá-las.
Assim como uma lâmpada ilumina uma casa escura, a análise ilumina nossa mente e nos permite ver com clareza o que está oculto. A consciência deve promover uma mudança de mentalidade e de compreensão sobre nós mesmos e nossa relação com aquilo que é imanente a nós e transcendente a tudo. Comumente, nos referimos a isso pelo nome de DEUS, de forma pessoal, como alguém, mas, na verdade, o registro que nos é deixado no texto de Atos 17:28 revela uma compreensão mais profunda. O Apóstolo Paulo, ao falar em Atenas, declarou: “Nele vivemos, nos movemos e existimos”, ou seja, este ALGO nos contém e não é contido por nada.
Em outro texto, Paulo nos dá mais uma pista ao afirmar: “Pois desde a criação do mundo, os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.” – Rm 1:20
O despertar da consciência não é um processo instantâneo. Requer paciência, dedicação e disposição para enfrentar a verdade sobre nós mesmos.
À medida que crescemos espiritualmente, qualitativamente e não quantitativamente, nossa percepção da realidade também se amplia, o que torna possível viver de maneira mais consciente e alinhada com valores e propósitos objetivos, e não subjetivos ou intersubjetivos.
Transformação pessoal
A transformação pessoal é um resultado natural do despertar da consciência. Quando começamos a compreender o que é “Realidade”, percebemos que muitas de nossas ações e pensamentos são influenciados por crenças e padrões, automáticos, mecânicos e sistemáticos, que produzem em nós um estado de vida inconsciente.
Esta compreensão é o primeiro passo para a mudança. A conscientização permite que o indivíduo desenvolva uma capacidade transformadora, essencial para o verdadeiro desenvolvimento pessoal.
Aliás, ser transformado implica abandonar velhos hábitos e crenças que nos limita, é um processo de metanoia, uma transmentalização. É um processo de novidade contínua de vida, onde aprendemos a deixar de lado o que nos ajudou a chegar em determinada condição existencial, mas que agora é fator de limitação para abraçar novas formas de ser e agir. A transformação também não é quantitativa e exterior, mas é qualitativa e interior.
A humildade é uma virtude fundamental nesse caminho porque nos permite aceitar nossas falhas, nossas limitações e deficiências, e trabalhar para superá-las.
A transformação pessoal também envolve um profundo senso de responsabilidade, uma vez que reconhecemos que somos os únicos responsáveis por nossa felicidade e bem-estar.
A verdadeira transformação pessoal não é apenas uma mudança externa, mas uma transformação interior complexa.
Conforme nos tornamos mais conscientes, começamos a viver de acordo com o que realmente nos é valioso como princípio de vida, e não mais conforme o que a sociedade determina como moralmente correto. Empregamos nossas 4 Faculdades através dos 4 fatores formativos, buscando aquilo que nos qualificará para nos tornarmos perenes, algo que não poderá ser deteriorado com a passagem do tempo. Potencializamos em nós o que é “eternizável”, já que somos uma espécie com esse potencial, o que nos diferencia de todos os outros animais… mas isso é assunto para uma outra conversa mais longa.
Leia este artigo também: DEUS e a Natureza: Uma Reflexão sobre o Divino na Criação
Realização interior
A realização interior é o ápice da jornada do despertar da consciência. É um estado único consigo mesmo, uma harmonia consigo mesmo, e uma conexão com o TODO ao nosso redor.
Segundo as Escrituras Sagradas, a verdadeira realização interior vem da compreensão e do PROPÓSITO-PLANO em nossas vidas, postulado em Gn 1:26. A declaração da SUPREMA DIVINDADE, em DEUS, registrada neste texto, estabelece que todo ser humano tem em si o potencial para ser gerado a imagem e semelhança dela mesma (a SUPREMA DIVINDADE, em DEUS), a partir do nosso surgimento como macho e fêmea, uma figura de linguagem para compreender que nascemos em uma condição animal-hominal, instintiva e reativa, para o nosso despertar consciente.
Na numerologia crística, estamos falando do número 5 para o número 6, do homem creatura vivente para creatura consciente, com o objetivo de nos tornarmos seres vivificantes, o homem filho do homem, da espécie humana, para nos tornarmos à imagem e semelhança da SUPREMA DIVINDADE, em DEUS, resultando em Filhos de DEUS. Muitas vezes, compreendemos a SUPREMA DIVINDADE, em DEUS, feita a nossa imagem e semelhança e, erroneamente, damos forma humana para aquilo que é transcendente a nós. Isto é um erro crasso, pois o transcendente não pode se parecer com o finito existente. Somente conscientes do processo é que temos a condição, através de escolhas, de sermos potencializados cristicamente para alcançar esta condição atemporal, infinita, qualitativa e eterna.
E aqui estamos falando de uma consciência que visualiza que do mais se tira o menos, mas o inverso não é possível. Não se pode vivenciar e experimentar o transcendente por meio de caminhos existenciais. É preciso, de forma consciente, estar conectado à mente dAquele que realizou o processo, a saber, JESUS, o CRISTO, o CRISTIFICADO de DEUS.
Este entendimento alinha nossa vida com o Plano Maior de DEUS, a fim de vivermos com base em valores de DEUS para nós, e não de nós para DEUS. Valor e princípio de DEUS para nós é ÉTICA Crística, é a linguagem objetiva, e o valor de nós estabelecido entre nós é moral, uma linguagem subjetiva.
A realização interior não é alcançada com conquistas materiais ou externas, e sim com esta conexão, entre nós e a SUPREMA DIVINDADE, em DEUS por imanência, compreendendo que tudo isto transcende a nossa limitação.
É um sentimento de completude, de plenitude, independentemente das circunstâncias externas. Isso é caracterizado por um senso de gratidão, amor e compaixão, tanto por nós mesmos quanto pelos outros.
Para alcançar a realização interior, é importante cultivar práticas espirituais e de autoconhecimento, como meditação, oração, jejum, estudo lógico da Bíblia, para que em nós aconteça a singularidade da intuição e da reflexão.
Práticas como estas nos ajudam a nos conectar com este TODO, é o Tudo conectado ao Todo, e a viver de modo consciente sobre o PROPÓSITO-PLANO da SUPREMA DIVINDADE, em DEUS, para o Universo e o Homem.
A realização interior também envolve o desapego das quantidades horizontais que deixaram de ser meio para a vida e passaram a ser objetivo existencial. Somos uma sociedade que vem desenvolvendo uma programação moral voltada exclusivamente para a obtenção e acúmulo do que deveria ser apenas um meio de vida, transformando-o em motivo de realização e percepção do que é “bem-sucedido moralmente”, ao invés de desenvolvermos indivíduos mais intuitivos e conscientes de que somos uma parte minúscula, “um grão de areia”, deste universo quantitativo, mas com o potencial qualitativo para sermos eternizados. O salmista, há muito tempo, já cantava essa grandiosidade em seus poemas, maravilhado com o quão preciosos somos como espécie em toda essa Criação: “O que é o homem para que Te lembres dele?”, indagando e intuindo o PROPÓSITO-PLANO. Vemos aqui o grau de consciência e intuição do salmista.
Papel da espiritualidade na transformação
A espiritualidade desempenha um papel central na jornada do despertar da consciência. Embora a espiritualidade possa ser entendida de diversas formas, em essência, ela nos conecta com algo maior do que nós mesmos, nos conecta com aquilo que nos é transcendente.
A prática espiritual fornece uma sensibilidade para esta compreensão metafísica, que nos ajuda a enfrentar os desafios da vida com resiliência e sabedoria.
Além disso, a espiritualidade nos oferece um sentido de paz e contentamento, mesmo em meio às adversidades.
Meditações, orações ou simplesmente momentos de contemplação silenciosa são eficazes para estimular a espiritualidade, mas é preciso ter um referencial para promover a intuição reflexiva. Compreendemos que o ÚNICO que promove essa condição é JESUS, o CRISTO, gerado FILHO DE DEUS, o primogênito e unigênito de toda a Criação. Somente esse referencial promove a conexão qualitativa necessária para sermos eternizados. Ele mesmo nos diz isso de forma direta: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Evangelho de João 14:6), e também de forma indireta, como no texto do Evangelho de João, capítulo 15, através da Parábola da Videira Verdadeira.
Lembre-se de que a espiritualidade não precisa estar associada a uma religião específica: ela pode ser uma busca pessoal por significado e conexão. Não são dogmas que nos tornam melhores, nem o cumprimento de rituais automáticos e mecânicos, mas somente vivências com a Realidade nos fazem compreender intuitivamente, e não apenas cognitivamente, a nós mesmos e nossa ligação com o TODO.
Consciência coletiva
Ainda que a jornada do despertar da consciência normalmente seja pessoal, ela também tem um impacto significativo na sociedade como um todo, pois pessoas elevadas cristicamente resultam em indivíduos menos voltados para si próprios e mais altruístas. Não estamos falando aqui de comportamentos que objetivam somente a validação externa por outra pessoa, mas de pessoas cujo comportamento é voltado para o próximo, por meio de atitudes de mais servir do que ser servido. O SENHOR JESUS deixou registrado como mandamento: “Amar a DEUS sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo”. Vemos aqui o sentido de coletividade qualificada por DEUS. A ligação não é horizontal, mas primeiro é a conexão vertical das partes individualmente na SUPREMA DIVINDADE, em DEUS, para que, depois, a ligação horizontal seja inundada por uma relação de VERDADEIRO AMOR, o AMOR Ágape, que chamamos de AMOR CRÍSTICO. Estamos falando aqui da verdadeira consciência coletiva.
À medida que mais pessoas despertam para uma maior compreensão de si mesmas e do mundo ao seu redor, criamos uma consciência coletiva elevada. A partir disso, a consciência coletiva tende a tornar a sociedade mais compassiva, justa e harmoniosa.
Um dos principais aspectos da consciência coletiva é a empatia. Quando estamos conscientes de nossas próprias emoções e experiências, somos capazes de compreender e compartilhar os sentimentos dos outros.
A empatia auxilia a construir pontes de compreensão e cooperação, fundamentais para resolver conflitos e promover esse estado harmonioso.
Aliado a isso, uma consciência coletiva elevada impulsiona mudanças sociais positivas. Pessoas conscientes costumam questionar sistemas e estruturas injustas e buscam formas de deixar o mundo melhor.
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