A presença dos anjos entre nós é um tema que desperta fascínio, curiosidade e crenças em diversas culturas e tradições.
Desde os relatos bíblicos até as experiências contemporâneas, os anjos têm sido vistos como mensageiros de DEUS, portadores de orientação, proteção e transformação.
Mas, afinal, existem anjos entre nós? Quais são as funções desses mensageiros de DEUS e como podemos reconhecer a sua atuação em nossa jornada?
Este artigo explora diferentes perspectivas sobre a existência dos anjos e analisa o seu papel, evidências bíblicas, relatos e implicações práticas na vida de toda a humanidade.
O Conceito de Anjos nas Escrituras
Definição e Origens dos Anjos
Os anjos são, de acordo com a Bíblia, seres espirituais criados por DEUS para executar suas ordens e transmitir mensagens divinas. Eles não possuem corpos físicos como os humanos, mas manifestam-se de forma visível em momentos específicos e cumprem papéis que vão desde a proteção até a revelação de verdades profundas.
Compreender a origem etimológica do termo “anjo” já nos ajuda a esclarecer muito sobre este instrumento de DEUS que, ao longo do desenvolvimento do pensamento, ganhou um lugar de destaque em muitas correntes espirituais, principalmente aquelas mais ligadas ao misticismo. O termo foi transliterado diretamente do latim angelus que por sua vez foi obtido do termo grego ἄγγελος (ángelos), que significa literalmente “mensageiro”.
Considerando isto, teria sido muito mais útil se fosse aplicado a tradução direta, pois certamente auxiliaria na compreensão real do papel destas creaturas e suas funções. Mencionamos creatura e não criatura, para garantir a essência de sua origem como uma ação direta de DEUS, mantendo a fidelidade cultural do hebraico bíblico para o termo בָּרָא – bará (Strong H1254) que é aplicado exclusivamente a divindade una.
No hebraico bíblico, o termo mensageiro é מַלְאָךְ – mal’ākh (Strong H4397), mantendo o mesmo sentido no grego, aliás, o correto é mencionar que a tradução grega manteve fidelidade à origem do hebraico bíblico.
Portanto, “anjo” não é uma essência divina, um ente que deve ser cultivado, muito menos exaltado. Na verdade, é um título funcional cujo foco é a missão que desempenha como instrumento de DEUS para a realização de seu PROPÓSITO-PLANO.
O destaque exagerado dado a eles em correntes místicas muitas vezes obscurece essa noção simples e direta das Escrituras, dando a eles uma natureza autônoma que eles não possuem por serem de uma natureza única, e por isto, sem ação de escolha.
Propondo uma analogia medieval, podemos associar o anjo aos mensageiros do Rei que portavam uma carta selada pelo brasão real para garantir a sua origem qualitativa, uma vez que o selo real não era uma decoração, mas sustentava e representava a autoridade Real. O mensageiro era o responsável por levar a carta, das mãos do Rei (origem da mensagem) até seu destino, abri-la (somente o anjo poderia abri-la) e ler seu conteúdo. Aquele que recebeu o mensageiro e a mensagem se prostrava e reverenciava o mensageiro com expressões, tais como “o que deseja o meu Rei?”, pois aquele que recebia a mensagem não via o mensageiro, mas sim visualizava o Rei, isto porque o respeito dirigido ao mensageiro não era por sua pessoa, mas pelo Rei que o enviara.
O mensageiro não inventa o conteúdo, mas apenas o transmite exatamente como foi recebido.
Desta maneira, depois desta introdução importante para a nossa leitura e estabelecimento de fundamento próprio para o assunto, vamos explorar um pouco sobre como a humanidade se relacionou com estes mensageiros.
As principais características dos anjos foram sendo construídas no senso comum da espiritualidade e religiões diversas. Importante reforçar que os tópicos relacionados abaixo são compreensões subjetivas dessas creaturas instrumentos de DEUS. Sendo assim, a crença nos anjos estabelece que:
– Mensageiros de DEUS: são enviados para comunicar a vontade divina aos homens;
– Seres de luz: representam a presença e a glória de DEUS e atuam como faróis de orientação espiritual;
– Agentes de proteção: muitos relatos bíblicos e experiências pessoais induzem à compreensão de que os anjos são para guarda e proteção dos fiéis, e em alguns casos, de forma individual, como por exemplo a crença de que nós podemos ter um anjo da guarda para nos acompanhar em toda a nossa jornada existencial;
– Instrumentos de transformação: ao intervir na vida das pessoas, eles ajudam na renovação e no crescimento espiritual.
Citações Bíblicas Relevantes
Antes de adentrarmos aos relatos, é importante destacar que é DEUS quem está realizando todas as ações, por imanência, que é consolidada de forma finita (DEUS é transcendente e imanente em sua Creação) por meio dos instrumentos de envio de mensagem, que são os anjos. Lembrem-se da analogia do Rei e seus mensageiros, na era medieval.
Sigamos para as citações.
O Anjo que Anuncia o Nascimento de JESUS, O CRISTO de DEUS:
No evangelho de Lucas, um anjo anunciou aos pastores que “nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:11). Esse evento marca a importância dos anjos como portadores de boas novas e revelações de DEUS.
O Anjo que Protegeu Daniel na Cova dos Leões:
Em Daniel 6:22, vemos que DEUS enviou um anjo para fechar a boca dos leões e salvar Daniel, uma demonstração do poder protetor dos mensageiros celestiais.
O Anjo de DEUS que Guiou os Patriarcas:
Várias passagens do Antigo Testamento relatam encontros com anjos que orientaram e protegeram os patriarcas, questão que mostra que os anjos atuam em momentos decisivos na história do povo de DEUS.
Os Anjos e suas Funções
Análise de Registros Históricos
Desde os tempos antigos, os anjos têm sido retratados como figuras centrais na interação entre DEUS e os seres humanos em Sua Creação. Os registros nos apresentam inúmeros relatos em que os anjos desempenham funções cruciais, seja como anunciadores, protetores ou executores da vontade divina.
Exemplos históricos e bíblicos:
– Moisés: quando DEUS chamou Moisés para libertar os filhos de Israel do Egito, um anjo foi enviado para guiá-lo e capacitá-lo para a missão;
– Isaías: o profeta Isaías teve visões dos anjos em torno do trono de DEUS, o que indica a majestade e a importância desses mensageiros na ordem celestial;
– Daniel: no livro de Daniel, anjos aparecem para revelar mistérios e proteger o profeta em momentos de grande perigo.
Esses exemplos evidenciam que os anjos sempre estiveram presentes nos momentos decisivos da história e atuaram como instrumentos de DEUS para trazer conscientização e orientação aos homens.
Perspectiva Contemporânea e Experiências de Quase Morte
Atualmente, além dos relatos bíblicos, muitas pessoas afirmam ter experiências que sugerem a presença dos anjos em suas vidas. Relatos de encontros, sonhos vívidos e experiências de quase morte indicam que a atuação dos anjos não se limita ao passado, mas continua a influenciar e transformar vidas.
É neste contexto que as pessoas criam crenças distorcendo a compreensão sobre a função dos anjos. Estes relatos associam o evento com anjos, mas sempre devemos elaborar o pensamento crítico buscando compreender se realmente trata-se de anjos.
Aspectos da perspectiva contemporânea:
– Relatos pessoais: inúmeras pessoas compartilham histórias de momentos em que sentiram uma presença reconfortante ou receberam uma orientação inexplicável durante situações difíceis;
– Sincronicidades: eventos que ocorrem de forma surpreendentemente sincronizada podem ser interpretados como sinais da intervenção dos anjos;
– Estudos e pesquisas: alguns pesquisadores investigam as experiências paranormais e espirituais em busca de evidências de que os anjos, enquanto creaturas de DEUS, atuam no mundo contemporâneo para auxiliar a humanidade.
Essas experiências reforçam a ideia de que os anjos continuam presentes, com ações sutis e, às vezes, até milagrosas, para garantir que a mensagem e a proteção de DEUS alcancem aqueles que necessitam.
Porém, considerando todos estas correntes do pensamento e compreendendo que os anjos são mensageiros de DEUS em favor da humanidade para realização do PROPÓSITO-PLANO, que está postulado em Gn 1: 16, caberia aos anjos ações que não estivessem relacionadas exclusivamente para este fim? É uma pergunta para criticar o pensamento e extrair unidade e objetividade sobre este tema anjos.
Como os Anjos Influenciam Nossas Vidas Hoje?
Neste tópico, vamos analisar como a humanidade nos dias de hoje, sem a compreensão devida destes instrumentos de DEUS em função da realização do PROPÓSITO-PLANO, relaciona-se misticamente com este “entes” que são associados com a figura dos anjos.
Sinais e Intervenções Divinas
Os anjos podem se manifestar de diversas formas na vida cotidiana, geralmente de maneira imperceptível. Contudo, alguns sinais costumam indicar que você tem recebido a orientação ou a proteção desses mensageiros de DEUS.
Sinais comuns da presença angelical:
– Sensação de paz inexplicável: em momentos de angústia, uma súbita sensação de tranquilidade pode ser interpretada como a intervenção dos anjos;
– Coincidências significativas: eventos fortuitos que parecem ter um significado especial tendem a ser sinais de que os anjos estão agindo;
– Sonhos e visões: recorrentes sonhos com símbolos angelicais ou encontros com seres luminosos podem indicar uma mensagem divina;
– Alteração repentina de humor: mudanças positivas no estado emocional, principalmente após momentos de oração, podem ser atribuídas à presença de um anjo.
Reflexão Sobre os Anjos
Viver com a consciência do real conceito sobre os mensageiros de DEUS certamente lhe dará uma nova perspectiva sobre a vida e a nossa relação com o PROPÓSITO-PLANO DE DEUS.
É muito importante compreendermos que anjos não nos levarão a DEUS, ao contrário, se eles são mensageiros de DEUS, estão em função do fluxo “DEUS para o homem” e não “do homem para DEUS”. O que queremos afirmar é que se você deseja conectar-se a DEUS para a realização do PROPÓSITO-PLANO, não será o instrumento “anjo” que você necessitará. Isto seria igual a querer conectar-se na internet utilizando uma antena digital de TV. O instrumento é inadequado para a conexão com a internet e o aparelho receptor, no caso o computador, inadequado para reproduzir as imagens da TV digital, a menos que você adapte a ele um receptor apropriado para isto.
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