Há um propósito de DEUS para a Humanidade?

Qual é o propósito da nossa vida? Em busca de respostas, as pessoas recorrem à fé, e em especial à crença de que DEUS tem um propósito para cada indivíduo e para a humanidade como um todo.

A ideia de que há um plano divino que guia nossas vidas oferece consolo, esperança e, principalmente, sentido, não é mesmo?

A espiritualidade, em suas mais diversas expressões, aponta para um propósito maior, algo que transcende a compreensão humana.

Mas como podemos entender esse propósito de DEUS? E, mais importante, o que ele representa para a humanidade?

Propósito de DEUS: existe um destino coletivo?

Para inúmeras pessoas, DEUS não apenas Creou o mundo, mas também determinou um destino para todos nós. Esta visão sugere que há um caminho traçado, um objetivo final a ser alcançado como coletivo.

Este propósito divino é frequentemente descrito em termos de amor, compaixão e justiça. DEUS, como um ser supremo e perfeito, teria creado a humanidade para viver de acordo com princípios deste tipo.

Em diversas tradições religiosas, vemos a ideia de que o propósito divino envolve a evolução espiritual da humanidade, um retorno à essência divina, e junto aí o conceito do termo em latim RELIGARE  (ou religar de onde resultará o neologismo religião), onde os indivíduos aprendem a viver em harmonia, ajudar uns aos outros e superar as adversidades com fé. Encontramos este conceito no livro “A chave dos Grandes Mistérios” do Éliphas Lévi, um ocultista e escritor francês do século XIX. Figura influente no renascimento ocultista europeu, e sua abordagem combinou elementos do cristianismo, da cabala, da alquimia, do simbolismo e da filosofia mística.

Saiba que o propósito de DEUS também se manifesta em momentos de adversidade. São nestes momentos que as pessoas são desafiadas a demonstrar compaixão, compreensão e perdão.

Ou seja, o propósito é uma jornada, um processo de crescimento espiritual e de transformação interior que une a humanidade.

Porém um grande questionamento deve-se fazer! Quando falamos de uma proposição de DEUS para o ser humano, para o indivíduo hominídeo, estamos considerando uma proposição específica para cada indivíduo ou é uma proposição para o coletivo?

Sim, se a sua resposta foi para o coletivo, você está correto!!

A base para esta proposição da SUPREMA DIVINDADE em DEUS, considerando a Criação dos Céus e da Terra e, neste “planetinha, uma poeira no Cosmos”, a espécie hominídea para a realização de todo este PROPÓSITO-PLANO, encontra-se nos versos de Gn 1:26, combinados com outros textos complementares e satélites que ajudam na fundamentação do pensamento intuído por J.B. CASTRO em sua Equação da Vida Crística. Os textos de Gn 1:1-2 (meio necessário para a realização do PROPÓSITO-PLANO), Gn 2:7; Gn 5:2; 1Co 15:45; João 5:21; Cl 1:15; Dt 32:10 e Ez 16:1-14. Cada um desses textos entrega uma chave importante para abrir as camadas veladas nas Escrituras Sagradas, ampliando a sua compreensão.

Propósito pessoal diante do propósito divino

Se há um propósito coletivo, isso significa que também existe um propósito individual, não concorda? Cada pessoa, na visão teológica, tem um papel único no plano de DEUS? Na verdade, não. Não há um propósito individual, especial ou diferente para cada indivíduo. Somos “ferramentas, canais” para a expressão da intuição, mas não possuímos uma definição específica de DEUS para cada um de nós. O que temos são diferentes papéis que exercemos em nossa vida existencial, seja a serviço deste propósito ou contrários a ele. Não existe uma condição nula, sem um resultado qualitativo e formativo em nossas quatro faculdades.

Dessa maneira, com base em nossas competências naturais, somadas à capacitação que desenvolvemos ao longo da vida existencial, e com a capacitação direta da SUPREMA DIVINDADE em DEUS, pela Graça, somos preparados para esse “serviço” de “descortinar os olhos para a visão da realidade”.

É nesse contexto que surgem os expoentes que encontramos nas Escrituras Sagradas, como Adão, Noé, Enoque, Abraão, Moisés, entre outros. O resultado esperado, conforme o postulado em Gn 1:26, foi realizado exclusivamente em JESUS, o CRISTO, até o fim do Tempo-Espaço, para, então, iniciar a nova geração dos FILHOS DE DEUS. Todos nós nascemos com o potencial para sermos realizados como essa Nova Geração de FILHOS DE DEUS, mas nem todos alcançaremos essa condição. Isso porque é necessária uma ação consciente da parte de cada um para direcionar suas ações a essa meta.

A questão é: como colocar em prática essa qualificação para “mover” do potencial à ação? Chamamos essa qualidade em nós, herdada em nossa constituição como seres humanos, de Crística (um neologismo semântico do termo grego CHRISTÓS ou MASHIACH em hebraico) para significar uma qualidade que, de forma ativa, realiza o potencial constituinte de todo ser humano. E, como resultado dessa condição ativa, alcançamos a realização de sermos FILHOS DE DEUS.

Esse processo contínuo de ativação da Qualidade Crística Potencial em nós só é possível por meio de uma adesão consciente ao SENHOR JESUS, o CRISTO, como fonte exclusiva para este fim. Isso é obtido por meio da prática disciplinada do binômio Conhecimento-Graça, através de oração, leitura da Bíblia, meditação, jejuns, entre outras práticas.

Além disso, o PROPÓSITO-PLANO da SUPREMA DIVINDADE, em DEUS, para o Universo e o Homem, tende a estar intimamente relacionado aos nossos dons e habilidades como afirmamos anteriormente. Fomos creados de maneira única, com talentos e características específicas para podermos aplicá-las no cumprimento deste PROPÓSITO-PLANO, considerando o triângulo base do 1º e 2º mandamento do SENHOR JESUS para todos:- “Amar a DEUS sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo”.

Então, quando colocamos nossos talentos a serviço de algo maior, alinhamos nosso propósito pessoal (horizontal) ao divino (vertical).

Humanidade em busca de sentido

Mesmo com a fé (fidelidade, lealdade, – do latim fides) de que há um propósito maior, a humanidade corriqueiramente se encontra em busca de sentido. Isso é um reflexo da necessidade humana de entender o porquê das coisas, de encontrar lógica em meio ao caos.

É nas situações mais difíceis que nos perguntamos: “Por que isso aconteceu? Qual o sentido de tanto sofrimento?”.

A resposta teológica a essas questões sugere que o sofrimento faz parte do propósito. Ele não é um castigo, mas uma oportunidade de aprendizado, de evolução e de aproximação com DEUS. O ponto importante em uma adversidade, seja ela qual for, será como você sairá dela, quais escolhas você fará em meio à turbulência, qual o grau de consciência você conquistou a partir daquele obstáculo. Se temos uma META que nos é apresentada a saber, Gn 1: 26, ainda que eu esteja em meio à nebulosidade das circunstâncias horizontais da minha existência, sempre deverei optar por manter-me na trilha correta, e para isto é preciso sensibilidade crística para “manter-me ouvindo o chamado”.

As adversidades são circunstâncias “aleatórias” que ocorrem em Tempo-Espaço. Assim como escreveu o Apóstolo Paulo, “as adversidades (aflições) deste tempo presente não são para comparar com a Glória que em nós há de ser revelada” – Rm 8: 18, demonstram como devemos manter nossa visão neste foco.

Ao longo da história, a humanidade tem experimentado momentos de grandes desafios e conquistas. Em cada uma das situações, a humanidade pode experimentar uma aproximação ou um distanciamento desta conexão consciente com a SUPREMA DIVINDADE, em DEUS. 

Guerras, pandemias e desastres naturais foram interpretados, em diferentes momentos, como testes ou oportunidades de redenção, onde o propósito divino se faz mais claro.

Leia também: Justiça Divina e Injustiça Humana: Desafios Éticos e Morais na Sociedade Contemporânea

Livre-arbítrio e propósito: o papel da escolha

Se há um propósito divino para a humanidade, onde entra o livre-arbítrio? Sem dúvida, esta é uma questão que tem desafiado pensadores por séculos.

Se DEUS já definiu um propósito, como podemos ser livres para escolher nosso caminho? A resposta está na coexistência das duas realidades.

Aliás, o livre-arbítrio não é a ausência de propósito: é a capacidade de escolher como cumprir o propósito. DEUS teria dado à humanidade a liberdade de escolher entre seguir ou não o caminho que Ele traçou.

A escolha diária de seguir os princípios divinos ou de se afastar deles é o que define o valor do propósito divino.

Assim como no desafio mitológico grego, onde a Esfinge propõe ao viajante decifrar um enigma com o propósito de garantir-lhe a vida caso fosse resolvido, ou a morte (ser devorado) caso não o resolvesse, a SUPREMA DIVINDADE em DEUS coloca diante de todos nós o enigma destacado na passagem de Gn 1:26, utilizando como meio toda a Criação manifestada, conforme declarado em Gn 1:1-2. Considerando esses dois postulados, encontramos o registro nas Escrituras Sagradas sobre a aplicação do livre-arbítrio na passagem de Deuteronômio 30:19 (Almeida Revista e Atualizada): “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.”

Em termos práticos, o livre-arbítrio significa que as decisões que tomamos todos os dias moldam nossa jornada espiritual rumo à nossa NOVA GERAÇÃO como FILHOS DE DEUS, ou nos conduzem à extinção total na chamada segunda morte (Ap 20:14-15 | Ap 21:8). Através de nossas escolhas, temos o poder de influenciar nosso destino, bem como o de toda a humanidade.

Influência da fé no propósito de DEUS

A fé é, inegavelmente, o elemento central para compreender o propósito de DEUS para a humanidade. Sem fé, é difícil enxergar além dos desafios imediatos da vida. A fé não é uma componente sobrenatural em nós, mas sim a nossa capacidade de determinação para nos mantermos na adesão ao CRISTO, através das práticas disciplinares que nos qualificam cristicamente.

É a fé que nos permite avaliar nossos acertos e desvios ao longo da jornada, e seguir em frente diariamente, na consumação dos atos que ativam em nós a Qualidade Crística Potencial, da qual somos constituídos. Sabemos que, mesmo diante de diversos problemas, há um plano maior, um propósito divino em ação.

Dessa forma, o resultado qualitativo, produto da fé, é o que nos conecta ao propósito maior e nos impulsiona a continuar, mesmo quando o caminho parece incerto. Além disso, nos dá uma perspectiva mais ampla sobre a vida. Quando compreendemos, através da sabedoria adquirida pelo exercício do binômio Conhecimento-Graça, que há um PROPÓSITO-PLANO da SUPREMA DIVINDADE em DEUS para o Universo e para o Homem, os pequenos obstáculos do dia a dia adquirem outro significado.

Afinal, eles passam a ser oportunidades de crescimento, uma forma de nos aproximarmos de DEUS e de nosso propósito divino.

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