(do grego: pistia e do latim: Fides[1]) é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém.

A se relaciona de maneira unilateral com os verbos acreditar, confiar ou apostar, isto é, se alguem tem em algo, então acredita ,confia e aposta nisso, mas se uma pessoa acredita ,confia e aposta em algo, não significa, necessariamente, que tenha . A diferença entre eles, é que ter é nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, pelo que acredita,confia e aposta.

É possível nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado,uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, uma crença popular, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião. A fé não é baseada em evidências físicas reconhecidas pela comunidade científica. É, geralmente,associada a experiências pessoais e pode ser compartilhada com outros através de relatos. Nesse sentido, é geralmente associada ao contexto religioso.

A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais e a motivos nobres ou estritamente pessoais[carece de fontes?]. Pode estar direcionada a alguma razão específica ou mesmo existir sem razão definida. Também não carece absolutamente de qualquer tipo de evidência física racional.

Contexto Social

Garantir, por encargo legal, a verdade ou a autenticidade do texto de um documento ou de um relato, de uma assinatura, etc. No contexto social podemos identificar vários tipos de fé:

Má fé

Designa-se Má fé quando um indivíduo, ou um grupo de indivíduos, age intencionalmente com o interesse de prejudicar alguém. Como exemplo poderíamos citar uma propaganda enganosa, um contrato desonroso, etc.

Boa fé

Designa-se Boa Fé quando alguém age de maneira honrosa e com boa conduta. Como exemplo podemos citar um contrato oral, em que as partes se comprometem com algum serviço, e ambas concluem suas partes e aceitam de acordo comum que está realizada.

Fé pública

Presunção legal de autenticidade, verdade ou legitimidade de ato emanado de autoridade ou de funcionário devidamente autorizado, no exercício de suas funções. Tudo o que for registado possui fé pública. O registador age em nome do Estado quando usa a expressão “Dou fé”, significando que, o afirmado, transcrito e certificado, é verdadeiro. Visa proteger o terceiro, que contrata, confiando no que o registo publica. Em sentido geral, esse princípio possibilita que o terceiro, realize de boa-fé um negócio oneroso, passando a ter a presunção de segurança jurídica.

Tipos variados

Normalmente a expressão popular “dar fé” significa acreditar em, crer. Em termos gerais “dar fé” é afirmar como verdade, testificar, autenticar, prestar testemunho autêntico.

Em Cabo Verde o termo Tomar fé é o mesmo que tomar conhecimento, notar.

Contexto religioso

No contexto religioso, “fé” tem muitos significados. Às vezes quer dizer lealdade a determinada religião. Nesse sentido, podemos, por exemplo, falar da “fé católica” ou da “fé islâmica”.

Para religiões que se baseiam em crenças, a fé também quer dizer que alguém aceita as visões dessa religião como verdadeiras. Para religiões que não se baseiam em credos, por outro lado, significa que alguém é leal para com uma determinada comunidade religiosa.

Algumas vezes, fé significa compromisso numa relação com Deus. Nesse caso, a palavra é usada no sentido de fidelidade. Tal compromisso não precisa ser cego ou submisso e pode ser baseado em evidências de carácter pessoal. Outras vezes essa fé pode ser forçada, ou seja, imposta por uma determinada comunidade ou pela família do indivíduo, por exemplo.

Para muitos judeus, por exemplo, o Talmud mostra um compromisso cauteloso entre Deus e os israelitas. Para muitas pessoas, a fé, ou falta dela, é uma parte importante das suas identidades.[2]

Muitos religiosos racionalistas, assim como pessoas não-religiosas, criticam a fé, apontando-a como irracional. Para eles, o credo deve ser restrito ao que é directamente demonstrado por lógica ou evidência.

Fé em Deus

Algumas vezes, fé pode significar acreditar na existência de Deus. Para pessoas nesta categoria, “Fé em Deus” simplesmente significa “crença de alguém em Deus”.

Muitos Hindus, Judeus, Cristãos e Muçulmanos alegam existir evidência histórica da existência de Deus e sua interacção com seres humanos. No entanto, uma parte da comunidade de historiadores e especialistas discorda de tais evidências. Segundo eles, não há necessidade de fé em Deus no sentido de crer contra ou a despeito das evidências, eles alegam que as evidências são suficientes para demonstrar que Deus certamente existe, e que credos particulares, sobre quem ou o quê Deus é e por que deve-se acreditar nele são justificados pela ciência ou pela lógica.

Consequentemente a maioria acredita ter fé em um sistema de crença que é de algum modo falso, o qual têm dificuldade em ao menos descrevê-lo. Isso é disputado, embora, por algumas tradições religiosas, especialmente no Hinduísmo que sustenta a visão de que diversas “fés” diferentes são só aspectos da verdade final que diversas religiões têm dificuldade de descrever e entender. Essa tradição dizem que toda aparente contradição será entendida uma vez que a pessoa tenha uma experiência do conceito Hindu de moksha. O que se é acreditado em referência a Deus nesse sentido é, ao menos no princípio, somente a confiança como evidência e a lógica por qual cada fé é suportada.

Finalmente, alguns religiosos – e muitos dos seus críticos – frequentemente usam o termo fé como afirmação da crença sem alguma prova, e até mesmo apesar de evidências do contrário. Muitos judeus, cristãos e muçulmanos admitem que pode ser confiável o que quer que as evidências particulares ou a razão possam dizer da existência de Deus, mas que não é essa a base final e única de suas crenças. Assim, nesse sentido, “fé” pode ser: acreditar sem evidências ou argumentos lógicos, algumas vezes chamada de “fé implícita”. Outra forma desse tipo de fé é o fideísmo: acreditar-se na existência de Deus, mas não deve-se basear essa crença em outras crenças; deve-se, ao invés, aceitar isso sem nenhuma razão. , nesse sentido, simplesmente a sinceridade na fé, crença nas bases da crença, frequentemente é associado com Soren Kierkegaard e alguns outros existencialistas, religiosos e pensadores[3]. William Sloane Coffin fala que fé não é aceita sem prova, mas confiável sem reserva

Judaísmo

A teologia Judaica atesta que a crença em Deus é altamente meritória, mas não obrigatória. Embora uma pessoa deva acreditar em Deus, o que mais importa é se essa pessoa leva uma vida decente. Os racionalistas Judeus, tais como Maimónides, mantêm que a fé em Deus, como tal, é muito inferior ao aceitar que Deus existe através de provas irrefutáveis[4].

Na Tanakh

Na Bíblia Hebraica a palavra hebraica emet (“fé”) não significa uma crença dogmática. Ao invés disso, tem uma conotação de fidelidade (da forma passiva “ne’eman” = “de confiança” ou “confiável”) ou confiança em Deus e na sua palavra. A Bíblia hebraica também apresenta uma relação entre Deus e os filhos de Israel como um compromisso. Por exemplo, Abraão argumenta que Deus não deve destruir Sodoma e Gomorra, e Moisés lamenta-se por Deus tratar os Filhos de Israel duramente. Esta perspectiva de Deus como um parceiro com quem se pode pleitear é celebrada no nome “Israel,” da palavra Hebraica “lutar”.

Cristianismo

Todo o conjunto dos ensinos transmitidos por Jesus Cristo e seus discípulos constitui a “fé” cristã. (Gálatas 1:7-9) A fé cristã baseia-se em toda a Bíblia como a Palavra de Deus, que inclui as Escrituras Hebraicas, as quais Jesus e os escritores das Escrituras Gregas Cristãs frequentemente citaram em apoio das suas declarações. Segundo estas Escrituras, para ser aceitável a Deus, é necessário exercer fé em Jesus Cristo, e isto torna possível obter uma condição justa perante Deus.

Novo Testamento

Na Bíblia, a palavra fé transmite a ideia de confiança, fidúcia, firme persuasão. A fé é “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem” (Hebreus 11:1), é a convicção de algo subjacente a condições visíveis e que garante uma posse futura, sendo a base de esperança para se ter convicção a respeito de realidades não vistas. Segundo Romanos 10:17 a fé vem pelo aprendizado da bíblia.

Comentando a função da fé em relação ao convénio com Deus, o escritor das cartas aos Hebreus traduz fé com a mesma palavra que geralmente aparece em antigos papiros oficiais de negócios, dando a ideia que um convénio é uma troca de garantias que garantam que futuras transferência de posses descritas no contrato. Nessa visão, Moulton e Milligan sugerem a rendeção: “Fé é o título da ação esperada.”[5]. Sintetizando o conceito, no Novo Testamento a fé é a relação sobre a auto-revelação de Deus, especialmente no sentido de confidência com as promessas e medo de ameaças que estão nas escrituras. Os escritores evidentemente supõem que os seus conceitos de fé estão enraizados nas escrituras hebraicas. No mais, os escritores do Novo Testamento igualam fé em Deus com crença em Jesus.

Catecismo da Igreja Católica

Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (CCIC), a fé “é a virtude teologal pela qual cremos em Deus e em tudo o que Ele nos revelou e que a Igreja nos propõe para acreditarmos, porque Ele é a própria Verdade. Pela fé, o homem entrega-se a Deus livremente. Por isso, o crente procura conhecer e fazer a vontade de Deus, porque «a fé opera pela caridade»” (Gálatas 5:6).

Catecismo de Westminster

Nas palavras do Catecismo de Westminster: “Fé em Jesus Cristo é a graça da salvação, por meio de qual nós recebemos e repousamos sobre ele para a salvação, como ele é ofertado para nós no evangelho”. O objecto da fé salvadora é toda a revelação da palavra de Deus. Fé aceita e acredita nisso como verdade mais certa. Mas o ato especial de fé que une a Cristo tem como seu objecto a pessoa e o trabalho do Senhor Jesus Cristo. Esse é o ato específico de fé que um pecador é justificado perante Deus.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fé

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