Cabe lembrar, que fazia parte da vida do professor e filósofo Huberto Rohden, ministrar cursos em São Paulo, sobre sua “Filosofia Univérsica”, realizar palestras, conferências, dentro e fora do Brasil, abordando o conteúdo de vários livros seus já editados (por volta de 65), como também ainda conduzir, em seu sítio nas proximidades de Jundiaí – SP (onde inclusive construiu um ASHRAM, totalmente em pedra bruta), muitos retiros espirituais com duração média de três dias.
Este áudio, originalmente gravado por J. B. Castro, na ocasião de um destes retiros, traz para nós, aquilo que Rohden entendia por “pecado”. Segundo ele, pecado, é a “ilusão” que temos de uma existência “separada” de Deus.
E que nesta ilusão de “separatismo” está à causa de todos os males humanos. A falta de consciência e da real experiência da paternidade única de Deus (mística) impede a fraternidade universal entre os homens (ética).
E que a “cura” dos males é diferente da “alopatia” praticada pela humanidade, que somente reprime os sintomas, mas não erradica o mal. Pela falta de consciência de sua realidade espiritual (mística) o homem continua numa vivência separatista (sem ética). E que a cura dos males “sociais”, passa obrigatoriamente, pela cura “individual” do mal.
Afirma que sem o autoconhecimento (mística) não é possível auto-realização (ética). Ouça e acompanhe ainda, a forma interessante e surpreendente que Rohden usa para falar de uma da mais temidas doenças enfrentadas pela humanidade, o “câncer”.
Para Rohden, Jesus, o Cristo, atingiu a “plena” (espiritual, mental, emocional e física) “consciência” da paternidade única de Deus, e por isto, podia afirmar “Eu e o Pai somos um, o Pai está em mim e Eu estou no Pai” e ainda, “as obras que Eu faço, não sou Eu quem as faz, o Pai que em mim está, é quem faz as obras”.
Faz referência ainda `a transformação ocorrida na vida de 120 (cento e vinte) pessoas (ao cumprir-se o dia de Pentecostes), mencionado no Livro de Atos, na Bíblia (At. 2: 1-13), para diferenciar “Cristicidade” de “Cristianismo” – a qual foi vivida, segundo ele, no ano 33 de nossa era por este grupo de 120 pessoas.
Rohden entendia que aquelas pessoas ao terem a experiência da consciência de sua realidade espiritual, saíram no mesmo dia praticando a fraternidade universal entre os homens, “eram todos um só coração e uma só alma”.
Finaliza Rohden, dizendo que a transformação da sociedade, começa pela realização “individual” desta consciência da verdade sobre nós mesmos. Que a vivência ética do nosso “agir” depende da consciência do nosso verdadeiro “ser”.
Que a “Egovivência” (viver por amor ao Ego) impede a “Cristovivência” (viver por amor ao Eu). Deixa Rohden neste áudio algumas setas no caminho a quem desejar buscar a realização de seu próprio “Pentecostes”!
Help City, 02/06/10
Claudio Campos