Mais uma vez, o professor Huberto Rohden, na comemoração da Semana Santa, em mais um retiro espiritual, nos fala que na vida os muitos objetivos são facultativos – entretanto, que uma só coisa é necessária!
Menciona das Escrituras Sagradas, o Evangelho de Lucas, onde, no capítulo 10, entre os versos 38 a 42, relata a visita que Jesus, o Cristo, fez a casa de seus amigos, Lázaro, Maria e Marta. Quando adverte Marta sobre suas “muitas” preocupações, defendendo Maria, que se ocupava com a única coisa necessária, com aquilo que nunca lhe seria tirada, aquilo que é eterno!
Alerta o professor Rohden que nem sequer 1% da humanidade encontra tempo para se ocupar com esta “única coisa necessária”, com aquilo que é inseparável de nós, com aquilo que é eterno!
E que nesta insensatez, passamos 24 horas do dia, 365 dias do ano, durante 50, 80 anos, ou até mais, ocupando-nos com coisas facultativas, que nos serão tiradas totalmente, quando morrermos!
Afirmava Rohden que o retiro espiritual não era um fim, mas um meio. Buscava-se no retiro obter uma consciência nova (que sou Eu?), para se tomar uma direção certa, para o resto da vida!
Autoconhecimento (que sou eu?), o retiro podia proporcionar, porém, auto-realização, seria tarefa de cada dia!
No retiro, buscava-se compreender que o que eu “sou”, é diferente daquilo que eu “tenho”! Eu, em minha essência, sou o espírito de Deus, em forma individualizada e “realizável”. Tenho um corpo, uma inteligência, afetividades (EGO). Que devo utilizar para realizar-me! Pois somos realizáveis, mas não estamos realizados!
Também afirma Rohden que aquilo que eu devo realizar, não depende de Deus. Pois, somente onde não há livre-arbítrio, a realização depende de Deus. Onde existe livre-arbítrio, a realização, depende de nós! Ilustra esta idéia com um pensamento filosófico de autor desconhecido, “Deus nos creou o menos possível, para que nós nos possamos crear o mais possível”.
Acreditava Rohden que Deus espera de “nós” esta auto-realização! E que esta auto-realização começa, pelo autoconhecimento. De que eu “sou” o espírito de Deus em minha essência, e “tenho” um EGO. Que se utilizado, segundo esta “nova” consciência, pode ser um excelente servo (auto-realização)!
Finaliza Rohden comentando a frase de Jesus, o Cristo, “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Conhecendo a verdade sobre vós mesmos, vos libertareis da “ilusão”, que vos escraviza! Pois, Ilusão, é escravidão. Verdade é libertação!
Help City, 29 de Novembro de 2010.
Claudio Campos