Afinal, Jesus é Deus? Entenda O que diz a Bíblia

Quem nunca teve dúvidas sobre Jesus ser Deus ou o que diz a Bíblia a respeito, não é mesmo?

Esse grande questionamento nos faz refletir sobre as verdadeiras identidades de Jesus e Deus, até porque elas se confundem na mente de muitas pessoas.

Uns acreditam que os dois são figuras distintas, outros creem fervorosamente que os dois formam uma unidade. Você percebe a complexidade do tema?

Mas, afinal de contas: Jesus é Deus? Nós organizamos o artigo de hoje com o intuito de esclarecer essa dúvida por meio de algumas passagens da Bíblia que nos orientem com clareza. Esperamos que você aproveite a leitura.

O que diz a Bíblia sobre Jesus ser Deus?

Para iniciarmos os esclarecimentos, nada melhor do que buscar informações direto na fonte de todo o conhecimento escrito dos cristãos, a Bíblia.

Leia algumas passagens bíblicas que dissertam sobre o assunto:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1:1-3).

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).

“A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel, que significa ‘Deus conosco’” (Mateus 1:23).

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Podero­so, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

“Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e, por estarem nele, que é o Cabeça de todo poder e autoridade, vocês receberam a plenitude” (Colossenses 2:9-10).

Segundo o Paradigma do Cristianismo que possui como fundamento em seu dogma, o conceito da Divina Trindade, ou seja 3 pessoas em 1 a saber, DEUS-PAI, DEUS-FILHO e DEUS-ESPÍRITO SANTO, a compreensão que é transmitida por esta visão traduzirá todas estas passagens como sendo DEUS encarnado na figura de JESUS, ou seja, é o próprio DEUS que encarnou como um indivíduo humano. Esta é uma influência direta do Pensamento e Filosofia Grega. VERBO é a tradução direta do termo grego hó logos e os seus conceitos importados para dentro de uma compreensão hebraica que João, o Apóstolo, expressou ao escrever estas linhas. 

Porém VERBO está ligado muito mais ao conceito de AÇÃO, de REALIZAÇÃO, de PRINCÍPIO REALIZADOR, para explicar o MOVER daquilo que É, ou seja, DEUS, em um processo de manifestação de SI MESMO em um ato de CREAR (crear escreve-se assim, pois só DEUS pode crear, o ser humano pode criar). 

O termo criar para o homem é a capacidade que o ser humano têm de transformar algo em outro algo, mas Bará – o verbo hebraico ( ברא bara’) é considerado o verbo da creação. A propósito, é o primeiro verbo que consta na Bíblia, referindo-se a crear, moldar, formar e exclusivamente este verbo só pode ser aplicado para DEUS como sujeito da oração. Este é um detalhe importante da compreensão intuitiva na transmissão do conhecimento hebreu. O termo Bará tem o sentido de crear, de fazer existir algo do nada. O termo latim correspondente para Bará a partir do nada é “Ex Nihilo”.

O Pensador J.B.CASTRO com seu “NOVO PARADIGMA da EQUAÇÃO DA VIDA CRÍSTICA”, apresentado através da fundamentação chamada por ele de “PROPÓSITO-PLANO da SUPREMA DIVINDADE, em DEUS, para o UNIVERSO e o HOMEM”, propõe em seu texto – “O LOGOS – O VERBO CREADOR” a seguinte explicação:-

“Deus Creou Tudo do Nada” – estas palavras soaram e soam aos meus ouvidos como insuportável dissonância e como um desafio à Lógica. Doem na Alma, porque não harmonizavam e não harmonizam com as Escrituras Sagradas, com os Evangelhos e menos ainda com os autênticos Ensinamentos de Jesus – O Cristo de Deus – Supremo Mestre e Senhor. Duas incoerências há, para a Lógica, nesta frase protocolar: Primeiro, se Deus É o Todo Infinito, como pode haver lugar para o Nada – Inexistente? Segundo, produzir Algo do Nada, não é o maior dos absurdos? Uma negação do Princípio de Causalidade?… Deus É o Tudo, e, por isto mesmo, “Não Existe”, nem jamais Existiu e nem Existirá Algo fora de Deus!  Nunca existiu ou possa existir um “Vácuo”, nem Espaço algum, pequeno ou grande, onde não haja Realidade que com Sua Universal, Cósmica e Inexorável Presença atinge, penetra, permeia e enche Todos os Espaços e Todos os Tempos por Ser o Creador anterior a qualquer noção de Tempo! Ora, uma vez que Existe a Onipresente Realidade, já não há margem e cabimento para o “Ignorante Nada”, o Vácuo, ou para o Irreal. Deus Manifestou-Se em “Existires Múltiplos” – o Seu Único e Infinito Ser”. Deus em Seu Crear Divino, como Logos – Verbo (João 1: 1-3 | Jo 1: 1-3) – Ativo Dinâmico, não dá apenas Dimensões, Formas, na Creação dos Céus, dos Anjos, do Abismo, Abismos, Entidades Opositoras, Universo, Terra e o Homem. Creou também a Matéria-Prima e isto é estupendo e assombroso para se compreender!…”

No texto de Mateus 1: 23 podemos encontrar uma chave interessante para nos ajudar a entender então do que exatamente estamos falando sobre JESUS. O evangelista propõe um raciocínio “fora da caixa” quando afirma que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel que significa “Deus conosco”. Mateus 1:23. Se estivermos presos ao Paradigma Cristão da Encarnação de DEUS, da visão impossível daquilo que é transcendente e imanente, se “finitizar” em um corpo humano, vivermos uma distorção no pensamento matemático.

Porém podemos propor uma outra forma de “olhar” para o que Mateus está propondo, sabendo que ele era um “judeu”, um indivíduo do povo hebreu e que portanto compreende DEUS como algo insondável, indimensional, ilimitado e que jamais poderia ser contido em um “algo” que foi creado por ELE mesmo.

Ao contrário, Mateus está dizendo que em JESUS é possível reconhecer um potencial QUALITATIVO para que a humanidade na figura deste homem possa alcançar a condição definitiva proposta em Gn 1: 26 que é ser tornado em imagem e semelhança de DEUS. Este é um assunto para ser trabalhado em outro conteúdo mais apropriado para este raciocínio. Desta maneira Mateus está dizendo que “QUALITATIVAMENTE” por meio de JESUS, “DEUS está conosco”, e este “estar conosco” tem em si mesmo várias camadas em diferentes momentos de toda a jornada de JESUS durante o seu ministério e depois da sua Nova Geração definitiva como FILHO DE DEUS (e aqui também é um conceito maravilhoso para se trabalhar em outro material mais apropriado para o tema).

Voltemos, então, com as explicações das citações bíblicas.

“Por essa razão, os judeus mais ainda queriam matá-lo, pois não somente estava violando o sábado, mas também estava dizendo que Deus era seu próprio Pai, igualando-se a Deus” (João 5:18).

“Respondeu Jesus: ‘Eu afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!’” (João 8:58).

“Eu e o Pai somos um” (João 10:30).

“Jesus respondeu: ‘Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu digo não são apenas minhas. Ao contrário, o Pai, que vive em mim, está realizando a sua obra” (João 14:9-10).

Maravilhosos estes três textos! Espantoso! Que amplitude de Visão este jovem Profeta propõe alcançarmos. Vemos que ELE apresenta uma condição de UNIDADE QUALITATIVA, de uma perfeita “RESSONÂNCIA” QUALITATIVA entre ELE e DEUS, de maneira que ELE em Si mesmo se anularia em suas necessidades instintivas poderosas e determinantes sobre qualquer um da espécie humana para deixar que a “QUALIDADE de DEUS” fosse disponibilizada através DELE como um canal adequado ao processo necessário. Não é DEUS que está aqui ou ali, não é JESUS que é DEUS, mas esta UNIDADE QUALITATIVA é disponibilizada por meio desta “RESSONÂNCIA” entre a FONTE REAL e o RECEPTOR IDEAL.

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens” (Filipenses 2:5-7).

Ao lermos esta passagem do mais importante expoente entre aqueles que foram divulgadores do Pensamento de JESUS, o Apóstolo Paulo (na verdade Saulo de Tarso), confirmamos o que descrevemos acima. Note que a expressão chega a confundir um pouco se fizermos uma leitura rápida sem uma análise mais profunda. A expressão é difícil para explicar a lógica do pensamento. O Apóstolo Paulo afirma “embora sendo DEUS”, mas depois diz que JESUS “não considerou que o ser igual a DEUS era algo a que devia apegar-se”. Ora, a expressão nos deixa um tanto confusos de ficarmos na letra, pois o Apóstolo afirma que JESUS é DEUS e depois se contradiz dizendo “ser igual a DEUS”, ou seja, ou É DEUS ou é igual a DEUS. Ser igual é diferente de SER o PRÓPRIO DEUS. Desta maneira se aplicarmos o conceito da “QUALIDADE DE DEUS” presente em JESUS, o texto fica mais interessante. Este esvaziamento que o Apóstolo Paulo menciona, é o mesmo conceito mencionado anteriormente, na proposta de anular o imperativo da instintividade imposta ao indivíduo humano, para servir adequadamente sem “adulterar” a “QUALIDADE DE DEUS” obtida na UNIDADE estabelecida nesta “RESSONÂNCIA” entre DEUS, a FONTE REAL, e JESUS como CANAL IDEAL.

“O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas, tornando-se tão superior aos anjos quanto o nome que herdou é superior ao deles” (Hebreus 1:3-4).

O Apóstolo Paulo mantendo seu princípio lógico, expressa esta UNIDADE “QUALITATIVA” demonstrando o resultado final da existência de JESUS (como um indivíduo do gênero humano) após sua Nova Geração como FILHO DE DEUS, declarado de forma esplendorosa conforme registro no Evangelho de João 19 – “Está Consumado”. Está consumado o quê? Está consumado sua QUALIFICAÇÃO PLENA para resultar em uma Nova Condição de Vida, a VIDA ETERNA, e tornar-se o TABERNÁCULO definitivo para DEUS, para JESUS ser tornado por DEUS em IMAGEM e SEMELHANÇA, conforme proposto em Gênesis 1: 26.

Conclusão

A partir da compreensão das Escrituras Sagradas, podemos concluir que sim, Jesus foi tornado em Plenitude Qualitativa de DEUS, realizando o que estava proposto em Gênesis 1: 26. Em Hebreus 1 temos “Porquanto, a qual dos anjos Deus alguma vez afirmou: “Tu és meu Filho; Eu hoje te gerei”? E outra vez: “Eu lhe serei Pai, e Ele me será Filho?”. Ora se ELE já era FILHO DE DEUS, então porque DEUS o introduz em uma Nova Condição ao declarar “Eu hoje te gerei” e também “Eu lhe serei Pai e ELE me será Filho”?. 

Ressaltamos, no entanto, que o nosso objetivo não é determinar uma verdade absoluta, mas fornecer bases para ampliar a visão para uma ruptura do Paradigma Cristão e adentrar em um NOVO PARADIGMA totalmente fundamentado nas Escrituras Sagradas de Gênesis ao Apocalipse. Um NOVO PARADIGMA fundamentado em uma Estrutura Lógica do Pensamento Metafísico. 

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