A Arte de Pensar

Este áudio traz para nós, uma aula do professor Huberto Rohden, que aconteceu às vésperas da comemoração do centenário do nascimento de Albert Einstein. Naquele ano, o professor Rohden, iria ao seu curso de “filosofia univérsica”, tratar da natureza, origem e evolução do Homem, “verticalmente” falando. Na ocasião deste centenário, o jornal “O Estado de São Paulo”, depois de entrevista com o professor Huberto Rohden, publicou uma matéria com o título, “O homem que revolucionou a arte de pensar”, na qual, falava de Albert Einstein.

Afirma Rohden, que a humanidade naquela época estava entusiasmada na “arte de pensar”. Que consiste além do modo “horizontal” (análise, inteligência, lógica), também no modo “vertical” (inspiração, revelação, razão, intuição). “Pensar” não somente pelo modo analítico da inteligência, que não ultrapassa a linha “horizontal” do Ego. Mas também pela linha “vertical” do Eu (inspiração, intuição). Não se tratava de substituir o Ego pelo Eu, mas sim, de “adicionar” ao pensamento analítico, a intuição racional ou cósmica.

Albert Einstein insistia que as leis fundamentais do universo, não podiam ser descobertas somente pela análise lógica (horizontal). Pois há algo que só nos é possível ser “revelado” pela intuição cósmica. Para Rohden, todos os grandes gênios da humanidade sempre se utilizaram desta intuição cósmica. Ultrapassaram a horizontalidade do Ego e atingiram a verticalidade do Eu. Promoveram um Ego esvaziamento (vacuidade total da Ego consciência) e receberam a invasão da consciência cósmica (Deus, Tao, Yahveh, Alma do Universo, Brahman).

Esta invasão cósmica, ninguém pode provocar. Ela acontece onde ocorre um Ego esvaziamento absoluto (físico mental e emocional), depois do muito pensar. Por isto dizia Einstein: “Penso 99 vezes e não descubro nada. Deixo de pensar, mergulho num grande silêncio e eis que a verdade me é revelada!”. Este “grande” silêncio, não é apenas um silêncio físico, é também um silêncio mental e ainda emocional, ou seja, silêncio absoluto.

Rohden explica que somente o Homem possui a capacidade de pensar (inteligência analítica), os animais por possuírem apenas a inteligência biológica, são, portanto, incapazes de pensar. Diz que os grandes gênios vão além da análise lógica, atinge a área da inspiração, revelação, intuição, invasão cósmica, que vem de dentro de seu próprio centro (Eu). Afirma ainda que na periferia do Ego (físico mental e emocional), não há possibilidade de ocorrer esta invasão cósmica, que na verdade é como uma “eclosão”. É como se nosso centro (Eu), fosse “despertado” e preenchesse todas as nossas periferias (Ego).

Para Rohden, Jesus, o Cristo, compreendia sua natureza humana (Ego+Eu) e vivia numa permanente consciência do seu centro (Eu), por isto dizia: “Eu e o Pai somos um, Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. E aquilo que Ele recebia do Pai, aplicava na sua vida diária. Finaliza Rohden, dizendo que a “ética” é uma tentativa de aplicar a “mística” recebida de Deus. Tanto o gênio quanto o místico, chegaram ao ponto central de sua natureza (Eu). E sempre se sentiram envergonhados pelo pouco que puderam fazer pela humanidade, comparado com o que receberam de (Deus).

Porque o “ver” é infinitamente grande. O “fazer” é miseravelmente pequeno, para todo aquele que realiza a arte de pensar!

São Paulo, 29 de Janeiro de 2011.

Claudio Campos

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