Ainda como parte da investigação sobre o misterioso desaparecimento do corpo de Moisés, compartilho esta pesquisa reflexiva.
Ao que parece, ao que se lê no fim do livro de Números e início do livro de Deuteronômio é que o último acampamento israelita, antes da travessia do Rio Jordão e a conquista da cidade de Jericó, ainda sob a condução de Moisés, foi em Beth Peor – a “Casa de Peor”.
É interessante pensar como a Vida Infinita não nos facilita, mesmo, de fato, as coisas… Este lugar, era o centro de culto, de adoração à Baal Peor, divindade cultuada em Moabe e que foi um duro teste de depuração para o “Povo de Deus”.
O “Povo de Deus”, corrompeu-se ali e foi depurado por uma praga. Causa e efeito. E mais uma etapa, das inúmeras que ainda viriam, na Eugenia Crística, para a formação do Cristo.
Moisés, em suas instruções derradeiras, neste lugar, comunica ao povo que falou com o “Senhor”, pedindo para entrar na Terra de Canaã e que o “Senhor” foi enérgico em reiterar à Moisés que este não faria parte do momento que viria.
Na conversa, relatada por Moisés, O Anjo do Senhor, não atribui à Moisés alguma falha…no entanto, Moisés, é que atribui ao povo, o seu “visto negado” … risos… Uma lição ética para o Povo de Israel (Deut.3:23-29).
Chegada a sua hora, Moisés, sobe ao cume do Monte Pisga e dali, vislumbra toda a Terra de Canaã e … não é mais visto! …Ora, ora… Josué, não vivia “na aba” de Moisés? Como aquele conseguiu esta façanha?
E, em se demorando para retornar, sem aviso prévio, não terão saído destacamentos à sua procura? Não terão varrido cada palmo da região? Afinal, poderia ter sido capturado, sequestrado e para acusar, precisariam ter certeza de seu sumiço.
Passado o tempo, concluíram ou foram informados que não havia corpo: o Senhor, o sepultara. Em um vale… nas encostas de um vale…
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Breves considerações sobre a simbologia crística dos “Vales”, nas Escrituras:
“Vale da Decisão” ou “Vale de Josafá”, local onde os inimigos se confrontavam. No Apocalipse, é utilizado em figura, em simbologia, acerca do embate qualitativo.
Moisés e o povo fazem aquele “psicodrama crístico”; nos montes das Bênçãos e das Maldições; resultados opostos.
Em 1 Samuel, capítulo 17:3 – sobre Davi e Golias, lê-se: “Os filisteus estavam num monte de um lado, e os israelitas e estavam num monte do outro lado, e entre eles o vale.”
O Senhor Jesus, na parábola do “rico e Lázaro”; verso 26 nos informa: “Além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá para cá.” (Lucas 16: 19-31).
Moisés, é “sepultado” no vale, defronte, em oposição à “Casa de Peor”. “Peor” significa fenda profunda, abismo.
O “corpo” de Moisés – assim como de todos os crísticos de todos os tempos – jazem e jazerão no Abismo, no Tempo, não há outra condição (por falta de condições!), porém, não pertencem à este.
Estão e estarão – até a Nova Geração Crística – “de fronte”, em oposição qualitativa à Beth Peor. Peor, para eles e o melhor, para nós! (Se e somente se…).
Obs.: A Vida Infinita, não é monótona, repetitiva ou sem imaginação: a um traslada; a outro, o Anjo sepulta e a outro as carruagens de fogo o levam.
Tudo de forma maravilhosa para reverberar e inquietar por todas as gerações…imaginem um homem, e, sabiam que Jesus era um homem, nascido de mulher – não havia a distorção de conhecimento promovida depois – torturado, surrado, atravessando a “Av. Paulista de Jerusalém”, crucificado, trespassado por uma lança, morto em público, sepultado, selado, vigiado…morto, bem morto e ao terceiro dia, Gerado Novo, visível (e invisível) por 40 dias?!
É disto que o Evangelho Crístico Integral trata e as demais religiões/denominações/apropriações cristãs, devidamente, não (e, talvez, nem tratarão).
E porque Ele, Vive, podemos dar crédito ao Amanhã…
Em marcha!