O Que Acontece no Momento da Morte? Uma Visão à Luz da Cristificação

O Que Acontece no Momento da Morte? Uma Visão à Luz da Cristificação

Quem nunca ficou reflexivo acerca do que acontece no momento da morte, não é mesmo? Ainda que esse momento vá chegar a todos nós um dia, a compreensão sobre isso tem sido objeto de debates de ideias ao longo dos séculos.

Quando abordada à luz da Cristificação, ou seja, da transformação para a imagem e semelhança de DEUS, a morte passa a ser vista não como um fim, mas como uma transição que revela a verdadeira essência espiritual e o propósito de DEUS para cada ser humano.

Ao longo do conteúdo, traremos alguns pontos que elucidam o mistério do que acontece no momento da morte.

A Morte: Um Mistério que Intriga a Humanidade

O Significado da Morte na Perspectiva Bíblica

A Bíblia apresenta a morte de forma que vai além da simples cessação das funções vitais. Para DEUS, a morte é uma passagem, uma transformação que prepara o indivíduo humano para a eternidade. Alguns pontos importantes são:

Transição para a Eternidade:

A morte não representa o fim da existência, mas o início de uma nova fase. Em João 11:25-26, o SENHOR JESUS declara:

“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.”

Essa passagem reforça a ideia de que a fidelidade à adesão em JESUS, o CRISTO, garante a continuidade da vida além deste mundo.

Uma nova individualidade:

Desde o nascimento, o indivíduo carrega em sua constituição uma condição herdada de dualidade qualitativa, crística-anticrística, um binômio dual qualitativo que está ativo em suas 4 Faculdades Físico-Mental-Emocional-Essencial. Essa dualidade não é apenas ativa, mas determinante à estrutura da individualidade humana em UNIVERSO-FORMA. Ao longo da jornada existencial, essa condição vai sendo atualizada e potencializada continuamente por meio de escolhas, experiências, disciplinas e exposições à verdade ou ao engano. Essa dinâmica de atualização atua como um “dínamo qualitativo”, gerando “como um vetor qualitativo” que direciona o indivíduo ora para a qualidade crística, ora para a anticrística, segundo a sua adesão, resistência ou obediência ao postulado divino de Gênesis 1:26.

Na morte física, o encerramento da experiência existencial não apaga essa herança dual. Pelo contrário, o indivíduo sela em suas Faculdades ambas as qualidades — crística-anticrística ainda em dualidade, mas com o “vetor predominante”, indicando a qualidade que foi mais atualizada em sua existência.

Nesse estado, ele entra no chamado sono da morte, permanecendo inconsciente até que o UNIVERSO-FORMA seja inteiramente desfeito. Essa realidade é expressa no livro de Jó 14:12:

“Assim o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu sono.”

Essa condição é tão profundamente enraizada na tradição que a própria palavra cemitério, do latim coemeterium e do grego koimetērion (κοιμητήριον), significa “dormitório”, que é o lugar onde os corpos repousam à espera do desfecho da história existencial-temporal. Somente após a descreação completa do céu, do sol, da lua e de todo o UNIVERSO-FORMA, conforme observado no texto de Jó, é que o indivíduo “abrirá os olhos”, que é uma metáfora para o retorno à consciência de sua individualidade, mas agora em uma única condição qualitativa definitiva, resultante do vetor mais atualizado: crística ou anticrística.

Abordagens Filosóficas e Espirituais sobre a Morte

Ao longo da história, diferentes tradições e correntes de pensamento ofereceram interpretações variadas sobre o que significa morrer:

Visão Materialista:

Alguns estudiosos argumentam que a morte é o fim definitivo da consciência, uma cessação irreversível de todas as funções biológicas. Essa perspectiva, embora válida em termos científicos, não aborda as dimensões espirituais que muitos acreditam existir.

Visão Dualista:

Essa abordagem defende a existência de uma alma imortal que transcende o corpo físico. Assim, a morte seria apenas a separação entre o corpo e a alma, que segue seu caminho rumo a uma nova existência.

O Momento da Morte: Transição e Revelação

O Que Acontece no Momento da Morte?

Infelizmente muito se especula sobre o que acontece no momento da morte, criando narrativas e teorias que não se sustentam a uma análise lógica do pensamento proposto. Alguns afirmam que o instante da morte é como um portal para uma realidade superior, onde a transformação espiritual se torna evidente. Considerando este tipo de pensamento, por exemplo, o paradigma cristão sugere:

Separação do Corpo e da Alma:

No momento da morte, o corpo físico deixa de sustentar o espírito e permite que este se liberte e inicie uma jornada rumo à eternidade. Esta compreensão é apresentada com algumas fundamentações bíblicas, mas que não estão bem aplicadas em seu conceito. Por exemplo, se utilizarmos o texto de Eclesiastes 12:7 (“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a DEUS, que o deu.”) com um viés da influência helenista, do pensamento grego e sua divisão tricotômica, perceberemos que é bem diferente da compreensão da cultura hebraica de onde originou-se os conteúdos que compõem a Bíblia. Na antropologia hebraica o indivíduo é integrado, é um todo. 

Na perspectiva revelada pela Teoria de PROPÓSITO-PLANO, fundamentada nas Escrituras e na experiência integral do Evangelho, o ser humano é concebido como uma unidade indivisível de individualidade, expressa por meio de 4 Faculdades, como já citamos anteriormente que se manifestam e se mantém enquanto existir o UNIVERSO-FORMA.

Ao morrer, o indivíduo não tem sua existência anulada. Neste estado, as 4 Faculdades deixem “de operar” em sua forma funcional, mas elas não se perdem e sim, são transformadas em outra configuração energética, compatível com o estado pós-morte, assim como propõe a Lei da Conservação da Energia, segundo a qual nada se perde, tudo se transforma.

O que permanece imutável e indivisível é a individualidade humana — o “eu” existencial único e irrepetível, que carrega a memória qualitativa da sua trajetória, marcada por uma dual qualificação: crística-anticrística. Essa dualidade, contudo, não se manifesta de forma neutra: na morte, o indivíduo é selado com um vetor predominante, como já relatamos anteriormente, sinalizando a qualidade que mais foi atualizada e potencializada ao longo da sua jornada existencial.

Sensação de Paz e Clareza:

Em outros relatos de experiências de quase morte (EQMs) indicam que as pessoas sentem uma profunda sensação de paz, acompanhada por uma clareza mental que revela verdades espirituais até então ocultas. Estas experiências são difíceis de se compreender, verificar e validar, pois se tratam de um estado muito complexo para se reproduzir em laboratórios. São as experiências de quase morte que continuam a desafiar tanto a ciência quanto a teologia, por sua profundidade subjetiva e dificuldade de validação empírica. Porém o que se tem obtido, ao menos até este momento em que estamos escrevendo este artigo no ano de 2025, é que durante o processo de quase morte é verificado um pico de atividade cerebral coordenada, que mesmo após a falência dos demais órgãos, a mente permanece ativa por segundos. 

Encontro com a Presença Divina:

Baseado em outras crenças, muitos acreditam que, ao morrer, o espírito se encontra com DEUS e se inicia um processo de purificação e de união com o plano eterno. Esse encontro é marcado pela sensação de ser acolhido e guiado pelos mensageiros divinos. Estas crenças com um viés espiritualista, místico e até mesmo de algumas religiões, não estão fundamentadas na Bíblia, e sendo assim é preciso investigar profundamente a lógica da proposta deste pensamento.

Desta maneira compreendemos que seria um erro esta afirmação atrelada à Bíblia, uma vez que não existe conexão entre os dois tipos de pensamento.

Experiências e Relatos de Transformação

Embora a experiência do momento da morte varie de pessoa para pessoa, há pontos comuns que surgem em inúmeros relatos:

Experiências de Quase Morte (EQM):

Pessoas que passaram por situações próximas à morte relatam visões de luz intensa, encontros com seres luminosos (anjos, geralmente) e uma sensação de ser envolvido por um amor incondicional, conforme mencionamos nos tópicos anteriores.

Relatos de Paz e Aceitação:

Inúmeras pessoas descrevem a experiência de quase morte como um instante de completa rendição, onde o medo é substituído por uma sensação de aceitação e de entrega à vontade de DEUS.

Transformação Interna Imediata:

Há relatos de pessoas que, mesmo antes da experiência de quase morte, experimentaram uma mudança significativa em sua percepção da vida, já que se sentiram mais próximas de DEUS e dos ensinamentos de JESUS, o CRISTO de DEUS.

Tópicos que evidenciam as experiências transformadoras:

– Sensação de leveza e libertação do sofrimento;

– Um profundo sentimento de que a jornada vai se encaminhar para um novo estado da nossa individualidade. No desfecho do UNIVERSO-FORMA, quando cessarem o céu, o tempo e os ciclos do mundo terreno, a individualidade humana, selada qualitativamente na morte, será despertada para sua condição final: crística ou anticrística. Aqueles que foram qualificados na dependência do CRISTO, em obediência ao PROPÓSITO-PLANO de DEUS, revelado em Gênesis 1:26, entrarão em um novo estado da sua consciência e “forma qualitativa”, mas agora plenamente conscientes e transformados em uma única qualidade: a crística, para aqueles que se qualificaram cristicamente em adesão ao CRISTO e jornada pela disciplina da cristificação.

Esse novo estado não é apenas a continuidade da vida, mas uma nova geração, definitiva da individualidade em UNIDADE-PERFEIÇÃO, onde se realiza a conexão eterna em DEUS, não mais por fidelidade, mas em plena manifestação daquilo que a Bíblia denomina Filhos de DEUS.

Essa consumação é expressa com beleza e profundidade em Apocalipse 7:17, onde está escrito:

“Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, os apascentará, e os guiará para as fontes das águas da vida; e DEUS enxugará de seus olhos toda lágrima.”

Aqui, o Cordeiro (JESUS, o CRISTO de DEUS) é revelado como o guia supremo das individualidades geradas novas Filhos de DEUS, conduzindo-as às Fontes das Águas da Vida, símbolo da plenitude em UNIDADE-PERFEIÇÃO em DEUS.

Este novo estado não é místico nem simbólico, mas real, qualitativo e eterno. É a culminação do plano divino: formar Filhos para Si, em “espírito e verdade”, espírito porque não é da matéria, mas em um novo corpo como chamou o Apóstolo Paulo por limitação na expressão, para que habitem no Reino de DEUS, onde não há mais dualidade, tempo ou sombra, mas apenas a Vontade do Creador realizada plenamente.

– Relatos de um ambiente de paz, onde as preocupações terrenas se dissipam.

Implicações da Cristificação para a Vida Eterna

A Transformação da nossa individualidade

A Teoria de PROPÓSITO-PLANO, à luz do Evangelho Crístico Integral, ensina que, na morte, o indivíduo é selado em dualidade qualitativa crística-anticrística, conforme mencionado em tópicos anteriores, sinalizada metaforicamente falando, pelo “vetor existencial” que aponta para a qualidade mais atualizada ao longo de sua jornada.

Se esse indivíduo foi qualificado em CRISTO, será despertado após a descreação do UNIVERSO-FORMA para receber uma nova configuração glorificada, compatível com a UNIDADE-PERFEIÇÃO em DEUS.

Pontos fundamentais dessa transformação:

– Unificação em DEUS: O processo culmina em uma união plena em DEUS, onde o indivíduo alcança a perfeição espiritual e a paz absoluta;

– Esperança e Redenção:  Na visão do Evangelho Crístico Integral, a promessa de uma nova “configuração glorificada”, compatível com a UNIDADE-PERFEIÇÃO em DEUS, é a base da esperança para os que foram qualificados em CRISTO. Essa certeza revela que a morte não é o fim, mas o selamento de uma trajetória existencial, e o início do descanso até o despertar final, após a descreação do UNIVERSO-FORMA, onde o indivíduo gerado novo manifestará plenamente o resultado da sua qualidade crística, no estado metafórico para a sua filiação de DEUS.

O Legado da Cristificação e a Esperança da Ressurreição

A Teoria de PROPÓSITO-PLANO oferece uma visão esperançosa sobre a morte, compreendendo-a não como fim, mas como transição seladora rumo à Nova Geração, em uma condição glorificada e compatível com a UNIDADE-PERFEIÇÃO em DEUS.

Aspectos da esperança da ressurreição:

Nova Geração Prometida: Segundo a Teoria de PROPÓSITO-PLANO, a Bíblia revela que, por meio da obediência e dependência no SENHOR JESUS, o CRISTO de DEUS, O primogênito e unigênito deste processo de atualização qualitativa, com o objetivo declarado em Gn 1: 26, os qualificados serão despertados após a descreação do UNIVERSO-FORMA para integrar a Nova Geração em condição glorificada, conforme o propósito eterno de DEUS (1Co 15:52):

“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.”

– Herança Eterna: A transformação decorrente da cristificação é vista como uma herança concedida por DEUS àqueles que vivem segundo Seus preceitos, garantindo uma existência plena em Eternidade;

– Inspiração para a Vida Diária: A expectativa da nova geração dos Filhos de DEUS motiva os adeptos a manterem uma postura de fé e esperança, vivendo cada dia como parte de um processo maior de aperfeiçoamento qualitativo.

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Neologismos 

Fé – Do latim fides que significa fidelidade.

Espiritual – É o estado não material, da matéria, das frequências de comportamento quantitativo do UNIVERSO-FORMA em UNIDADE-IMPERFEIÇÃO.

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