O sofrimento faz parte da vida e acompanha o homem desde a sua origem, em um passado muito distante. Quando a luta pela sobrevivência era sua única preocupação, destacavam-se as dores físicas de todos os tipos.
Conforme a consciência foi se desenvolvendo, surgiram também as aflições do ser humano, pautadas pelos problemas existenciais e as angústias morais, resultantes das nossas escolhas.
Na verdade, ninguém tem como destino o sofrimento, o que ocorre é que nascemos simples e ignorantes para podermos evoluir através de nosso próprio esforço. A dificuldade é um reflexo de nossa conduta moral, do caráter e sobretudo, de nossas ações praticadas. É a aplicação da lei de causas e efeitos.
E o homem em sua tentativa de compreender a razão do sofrimento, busca explicações em diversas contemplações.
Acompanhe a leitura a seguir e saiba mais sobre o tema!
Como o espiritismo explica o sofrimento?
O escritor espírita Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” explica que a dor se origina em duas fontes distintas: as que são geradas na vida presente e as que têm origem em existências passadas.
Para compreender a razão do sofrimento desenvolvido nesta reencarnação, basta consultar a própria consciência que a todo momento nos fala. Na maioria das vezes, nossos tormentos são reflexos de nossas decisões ou falhas, das atitudes egoístas, da vaidade e do orgulho que ainda domina o nosso ser.
As doenças físicas que sempre nos proporcionam momentos difíceis, são ocasionadas por excessos e a falta de cuidado para com a matéria. Como podemos analisar, ninguém mais é responsável por nossos dissabores, a não ser nós mesmos.
Segundo a filosofia Espírita, se não considerarmos várias existências como ponto de partida para essas questões, de fato não entenderemos o porquê de algumas dores. Para tanto, consideram que o espírito é um indivíduo, passível de erros e com a possibilidade de retornar a vida física outras vezes para a correção da fonte de tais desalinhamentos. Explicam que por este motivo é possível entender porque um bebê pode nascer com deficiência, ou uma criança pode sofrer, sem ter tido tempo de ocasionar o seu próprio sofrimento na reencarnação atual.
Qual é a explicação filosófica para o sofrimento?
Contrapondo a doutrina espírita, em uma de suas palestras, o professor Huberto Rohden inicia a aula citando sua última participação semanal, na televisão, no programa da Xênia, da TV Bandeirantes, onde responde à carta de uma telespectadora, indagando sobre o “motivo” dos inocentes sofrerem, e se isto não seria suficiente para justificar a tese da reencarnação, que muitos defendiam e ainda defendem.
O professor Rohden, na ocasião, ao não aceitar a tese da reencarnação, inicia sua justificativa citando no Antigo Testamento o livro de Jó, em seguida, cita no Novo Testamento um dos Evangelhos, especificamente a passagem sobre o “cego de nascença” (Jo.9:1-3), finalizando com as palavras do próprio Jesus, a respeito de seu sofrimento, proferidas a seus discípulos no caminho de Emaús.
Através destas citações bíblicas, Huberto Rohden, justifica a lógica contida naquilo que defendia, proporcionando com isto, algumas reflexões e indagações sobre a maneira que pensava.
Entre os questionamentos gerados, é possível destacar:
- Jesus, o Cristo, havia nascido perfeito? Já era Deus?
- Há sofrimento crédito?
- Deus é injusto, por nos deixar sofrer por débitos alheios?
- Há algo como uma “Justiça Cósmica”, que justifique os sofrimentos dos chamados “Santos”, e, sobretudo, o sofrimento do próprio Cristo?
- É possível demonstrar pela aritmética os males e as maldades individuais e coletivas?
- Um homem altamente espiritual deve sofrer?
- Por que o inocente sofre?
- Todo sofrimento é pagamento de débitos próprios ou alheios?
- Todo sofrimento é somente por débitos próprios?
- Quitar débitos próprios ou alheios constitui a finalidade principal da existência humana individual? Ou ”geramos” individualmente “créditos”, sendo esta a principal finalidade?
É indiscutível que todos nós já passamos por maus momentos e ainda enfrentaremos dias difíceis, pois habitamos um mundo de provações, onde o sofrimento ainda predomina. Mas é necessário nos esforçarmos para que os dias melhores cheguem mais depressa.
Como a THÉLOS compreende o sofrimento?
DEUS, que é a CAUSA-INCAUSADA, CAUSOU todos os meios necessários para a realização do SEU SUPREMO PROPÓSITO declarado em Gn 1: 26. Desta maneira tudo o que conhecemos e desconhecemos, do Infinito ao Finito, entre “Céus, Terra e Abismos” conforme está declarado em Gn 1: 1-2, está em DEUS, é um causado da CAUSA-INCAUSADA e nada é possível estar fora de DEUS. Sendo assim, fundamentamos neste princípio lógico, que DEUS é responsável por todas as coisas inclusive o mal, e contido neste, o sofrimento e mazelas humanas. No livro de ISAÍAS, o Profeta faz o registro desta compreensão intuitiva crística e registra:- “[…] Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas. […]”. Mas qual a necessidade do MAL? J.B.CASTRO em seu texto TESE, ANTÍTESE e SÍNTESE nos dá uma pista sobre isto. DEUS visando sua Proposição Suprema, de formar o Gênero Humano em indivíduos a sua imagem e semelhança, portanto não somos formados imagem e semelhança de DEUS, mas sim temos o potencial para sermos Gerados Novos em imagem e semelhança de DEUS, em manifestação de si mesmo, manifestou-se em todos os meios necessários para esta realização desta proposição. É o UNO nos VERSOS, o UNO nos DIVERSOS, é o UNIVERSO, em UNIDADE-PERFEIÇÃO e UNIDADE-IMPERFEIÇÃO, e no homem a capacidade da consciência desta dualidade. Sendo assim, a percepção desta dualidade de bem e mal, vivenciar estas diversidades, sofrer ou regozijar-se com esta dualidade, é próprio e exclusivo do ser humano. Só o ser humano sabe que vive, regozija-se, sofre e morre. Todas estas interações forjará o homem com a Qualidade para ser Imagem e Semelhança de DEUS, isto é, a QUALIDADE CRÍSTICA ou forjará o homem para a sua descreação individual, se este se QUALIFICAR ANTICRISTICAMENTE.
Óbvio que estamos resumindo de forma extremamente sintética a Teoria de J.B.CASTRO, denominada por ele de Equação da Vida Crística, através da descrição de todas as coisas em uma explicação lógica chamada por ele de Propósito-Plano da Vida Infinita, em DEUS para o UNIVERSO e o HOMEM.
A THÉLOS é uma organização sem fins lucrativos, a serviço da conscientização do Ser Humano sobre o seu valor como indivíduo, diante da Vida.
Através de estudos, palestras, cursos, atividades vivenciais, procuramos apresentar os elementos necessários para que cada pessoa compreenda o profundo significado da existência humana, tendo o Universo como meio e desfrutando dos resultados práticos desta visão.
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