Adoração e Ação

Inicialmente, convém citarmos que o professor e filósofo Huberto Rohden, era um profundo conhecedor da filosofia oriental, tendo traduzido e comentado livros, tais como: Bhagavad Gita, Tao Te Ching e ainda os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, contidos na Bíblia, bem como, o quinto evangelho, recentemente descoberto no Egito, atribuído ao apóstolo Tomé.

Neste áudio, o professor Rohden, aproveitando a pergunta feita pelo discípulo “Arjuna” ao seu mestre “Krishna”, no Bhagavad Gita, sobre “o que era mais importante: adoração ou ação?” , faz afirmações importantíssimas, das quais citamos algumas abaixo:

– O erro maior está em nos identificarmos com o nosso “Ego” e não com o nosso “Eu”.

– Que “Temos” um corpo, mas que não “somos” este corpo, “somos” nossa Alma, nossa Essência.

– A semelhança entre Bhagavad Gita e o Evangelho.

– Devemos realizar a perfeita harmonia entre o “Eu” e o “Ego”, uma síntese entre o homem “interior” e o homem “exterior”.

– Que toda “ação” deve ser um complemento da “oração/meditação”.

– Que você deve fazer com que sua “ação” seja uma “oração”, e isto, exige uma “atitude’, ou, um “estado de consciência espiritual”.

– Que devemos substituir o “falso” agir (agir por amor ao Ego), pelo “reto” agir (agir por amor ao nosso Eu verdadeiro).

– Que todo o Universo é “bipolar”, assim como a natureza, o homem possui também dois pólos, o “Eu” (pólo positivo), e o “Ego” (pólo negativo).

– Que Jesus, o Cristo, realizou perfeita harmonia entre Corpo e Alma. Examinando mais profundamente, Jesus “extrapola” o conceito de “Corpo e Alma” ao afirmar que ” devemos amar nosso Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças”, fazendo uma alusão as quatro faculdades constituintes do ser humano, a saber: emocional (coração); alma (essencial Crístico), entendimento (mental) e forças (físico).

– Que precisamos “pensar” direito, para “viver” direito (viver em perfeita harmonia).

– Que pensar direito é se identificar com o seu “Eu” verdadeiro, e não com o seu “Ego” ilusório.

– Que nossa Alma é uma “semente” Divina que ainda não brotou, e que precisamos dar as devidas condições, para que Ela “germine” e dê muitos frutos. Pois acreditava Rohden que todo autoconhecimento sempre transbordará inevitavelmente em auto-realização!

Diadema, 21/04/2010

Claudio Campos

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